Tipo de exploração:
Água para ingestão (sem uso)
Natureza da água:
Bicarbonatada sódica
Indicações:
Digestiva (poluída)
[legenda]
Época termal
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Doenças do aparelho digestivo (Contreiras 1951)
Foi usada em doenças de pele (Almeida e Almeida 1988)
"Era uma boa água, mas deixaram acabar, agora vem toda misturada. É pena porque era mesmo uma boa água." (vizinho, 50 anos)
Tratamentos/ caracterização de utentes
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Instalações/ património construído e ambiental
Captada numa mina, junto da qual ainda existem banheiras escavadas e o local da caldeira. Sobre a entrada da mina está a data de 1903 (Almeida e Almeida 1988).
Actualmente tudo se acha em ruínas, a velha mina está meia caída e em redor de um grande tanque que serve de pouco higiénico lavadouro, acumulando-se o lixo urbano.
Natureza
Carbonata sódica, cloro-bicarbonatada (cit. Acciaiuoli 1952, I: 172-3)
Bicarbonatada sódica, sulfatada, silicatada (Contreiras 1951)
Hipossalina, silicatada, hipotermal, alcalino-sódica (Almeida e Almeida 1988)
1923, 9 de Junho – Alvará de concessão, publicado no DG , n.º 206, II série, de 5 de Setembro, a favor de Fénix Comercial Lda.
As primeiras análise destas águas são de Ferreira da Silva, em 1904. Lepierre analisou-as em 1918, considerando-as das mais siliciosas de Portugal (Anuário 1963).
Acciaiuoli (1944, IV: 110) informa-nos que o relatório de reconhecimento esteve a cargo de António Maria Mendonça e foi executado em 1922, relatando que a água brotava de uma grande zona granítica entre o Cávado e o Lima, num fundo de uma galeria com 100 m de cumprimento.
“No concelho de Vila Verde, na freguesia de Doçãos (ou Dossãos), a 6 km da sede de concelho, brotam águas minero-medicinais, que têm o nome da freguesia, cujo uso está sendo recomendado nas doenças do tubo digestivo e na convalescença de moléstias infecciosas. São hipossalinas e parece que notáveis pelo seu elevado grau de radioactividade. Data de há pouco a sua exploração.” (Águas e Termas 1918: 31)
Segundo o Anuário de 1963, “embora pagando os seus impostos ao Estado, o concessionário não tem a nascente em exploração”, mas já não a tinha desde o seu alvará de exploração, de acordo com os relatórios de Acciaiuoli.
A situação deteriora-se e o estado de abandono e de falta de limpeza assustam numa água que teve qualidades medicinais comprovadas. Dizia um vizinho: "Mas eles não se importam com isso. Já desistiram das licenças, há mais de 30 ou 40 anos, agora aquilo já não serve para nada."
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Acciaiuoli: 1936; 1937; 1940; 1941; 1942; 1944; 1947;1948a; 1948b; 1949-50; 1953. Almeida 1978, Calado 1995, Contreiras 1951, Águas e Termas Portuguesas 1918, Anuário Médico-hidrológico de Portugal 1963
Freguesia
Dossãos
Povoação/Lugar
Barreiro / Quinta da Póvoa
Localização
Na igreja de Dossãos toma-se o caminho que desce para a o fim da aldeia. A nascente encontra-se num alto de um “campo velho” (abandonado), à direita do caminho, a 300 m da igreja.
Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio Cávado
Zona geológica
Maciço Hespérico – Zona Centro-Ibérica
Fundo geológico (factor geo.)
Rochas magmáticas (ácidas e intermediárias), granitóides e afins
Dureza águas subterrâneas
0 a 50 mg/l CaCO3
Concessionária
Sem uso
Telefone
n.d.
Fax
n.d.
Morada
n.d.
E-mail / site
n.d.
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais