Tipo de exploração:
água para ingestão
Natureza da água:
Bicarbonatada
Indicações:
Digestiva
[O bebedouro e a fonte com a curiosa “levada”, que trás a água da mina ao fundo (foto Leonor Areal)]
Época termal
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Digestiva
- A água é muito boa, dantes quando se fazia as malhadas do pão mandavam sempre buscar daquela água à noite para ficar fresquinha, era só daquela água que bebíamos, é uma água que não faz mal beber quando o corpo está a transpirar, podia-se beber um rio dela que não fazia mal, não é muito fria.
- Ainda cá vêm buscar água, só que ao fim de 3 dias perde a qualidade começa a saber a ferrugem (Informantes)
Tratamentos/ caracterização de utentes
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Instalações/ património construído e ambiental
. “A água sai de um tubo metálico para um tanque de chafurdo, com um caudal de 2700 litros diários, deixando um depósito amarelo no seu percurso. Os desperdícios escorrem para um bebedouro de gado” (Almeida, 1970).
A fonte coberta é protegida por uma construção em arco de volta perfeita, onde se inscreve a data de 1827, possível restauro feito nessa data. A emergência da água é dentro de uma mina que terá como origem o cemitério (segundo informante), a cerca de 30 m do local: Isto vem dessa mina, que vai dar debaixo do cemitério, se a porta estivesse aperta via-se um bocadinho da mina na direcção do cemitério, são uns 30 m, depois começa a encurvar. Muitas pessoas não bebem dela por vir do cemitério
Na parede de fundo da fonte uma porta metálica protege a mina, uma curiosa “levada” talhada na pedra conduz a água junto da parede direita, jorrando na frente da fonte para o tanque de secção quadrada. (2x2m). Os desperdícios seguem para outro tanque, e daí para um terceiro tanque, que se destinam a bebedouros de animais.
Todo o conjunto forma um largo a que recentemente foi acrescentado um banco de alvenaria, obra feita por emigrantes (informante) assim como o restauro da Fonte e arranjo do local.
A Fonte Nova, localiza-se perto deste local, está em ruínas, mas nota-se também as colunas de um arco que a devia cobrir, numa construção semelhante à da Fonte Ferrada.
Natureza
Grupo da Bicarbonatas: Alcalino sódico cálcico / hipossalina hipotermal (Almeida, 1970). Este autor compara às águas de Zambujal, Pedrogãos, Convento da Visitação, Benémola, Quarteira e Atalaia.
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A única referência encontrada é de Almeida (1970), mas a fonte deve remontar ao séc. XVII, senão anterior, sendo a data inscrita no arco, a correspondente a um restauro sofrido em 1824. Curiosamente a toponímia da fonte vizinha, que se encontra em ruínas, Fonte Nova coloca-a como sendo mais recente que a Fonte Ferrada, mas essa será também de construção da mesma época.
Em Torre de Moncorvo várias residenciais e uma pensão
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Almeida 1970
Freguesia
Larinho
Povoação/Lugar
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Localização
Dentro da povoação no caminho para o Rio Sabor. Em Larinho toma-se a Rua dos fornos até ao fim, aí um caminho desce em direcção ao Sabor, a 50m toma-se à direita até um pequeno terreiro da fonte. Se tomarmos a esquerda vamos dar às ruínas de outra fonte
Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio Douro
Zona geológica
Maciço Hespérico – zona Centro Ibérica
Fundo geológico (factor geo.)
Rochas magmáticas - ácidas (Granitoides )
Dureza águas subterrâneas
0 a 50 mg/l CaCO3
Concessionária
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Telefone
n.d.
Fax
n.d.
Morada
n.d.
E-mail / site
n.d.
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais