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[Baixos relevos, talhados no granito, descida para os Moinhos Velhos (séc XIX -XX)]

 

Época termal
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Indicações

Reumatismo e doenças de pele

Tratamentos/ caracterização de utentes

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Instalações/ património construído e ambiental

A emergência de água é entre fragas da margem direita da ribeira, numa zona de fractura entre rochas graníticas e xistosas, emerge a água retida numa pequena poça. Neste local e nas rochas soterradas pelo recente acesso feito por escavadora se instalavam as banheiras ou os banhos em poça descritas por Almeida (1970). 
Este conjunto de rochedos, mais ou menos planos, recentemente soterrados, deveriam conduzir a uma construção que se encontra cerca de 30m para jusante na nascente, onde se vêem restos de construções a que o Presidente da Junta Chamou de “moinho” e Almeida (1970) chama de Moinhos Velhos. Embora o silvado e denso mato não deixe ver o local não me apercebi de nenhuma estrutura de levada ou açude que o pudessem comprovar, ficando por aqui as minhas dúvidas? Não seria já há séculos um conjunto habitacional de moleiros, que teriam como outra actividade a hospedagem de doentes que procuravam estas águas?. Para mais as duas actividades, de moagem e hospedaria são compatíveis, neste rio que só tem caudal para moagem no Inverno e Primavera, e nos doentes que procuravam as suas águas no Verão.
Estas perguntas surgem a propósito o trabalho existente nos blocos de rochedo à direita da pequena rapa que conduz a esta ruína, onde está traçado a baixo-relevo, imagens de santos, de traça primorosa, de formas barrocas populares onde se representam:
-Bloco do lado direito: Santa Bárbara; Santo António; Santa ou Virgem.
-Bloco central: Imagem de Ofertor com tabuleiro à cabeça no topo uma pomba (tipo tabuleiros da Festa do Espírito Santo); duas pombas, separadas entre si.
Bloco esquerdo: Duas formas humanas ajoelhadas em oração, e um outro conjunto, que talvez seja uma sereia? De formas mais toscas com certeza de artesão menos artista.
No bloco direito encontra-se ainda inscrita os seguintes caracteres e datas, baixo:  “nNA 1762”; no topo “1872”.

O artista desta obra é pela sua estética um homem do séc. XVIII/XIX, mas duvido que fosse um moleiro ali residente, todo o trabalho dos baixos-relevos se inserem na tipologia de ex-votos, o pagamento da promessa de uma cura ou simplesmente o pagamento de uma ou várias estadias numa hospedaria parece-me a origem mais provável.

 

Natureza

Subgrupo das Sulfúreas sódica, hipotermal. Alcalino sódicas (Almeida.1970)    

 

Alvará de concessão

A Junta de Freguesia do Vimioso tem pretensões de pedir o alvará de concessão se os actuais estudos do caudal forem favoráveis

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Historial

No Aquilégio é denominada de Fonte Sulfúrea no capítulo das águas quentes: “ brota de uma penha uma pequena fonte de água sulfúrea, cujo mineral se manifesta na cor, e cheiro de enxofre, à qual concorrem na manhã de S. João muitos enfermos de sarna, porque lavando-se nela ficam sãos. Entendemos nós que os banhos desta água serão bons para todos os achaques cutâneos, desde sarna, até lepra, e para os estupores espúrios, e intemperanças quentes das entranhas, e hipocôndrios.
Almeida (1970) cita o Aquilégio, seguindo-se a análise química da água por fim conclui: “A precária exploração ou o abandono são a sorte destas águas cujo valor terapêutico tanto se desaproveita” 
A notícia JN – 9/12/02, dava conta de um projecto da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal do Vimioso da criação de um centro termal em Terronha, com apoios do Governo Central e de Verbas Europeias, noticiava ainda que à ocasião estavam a ser criados os acessos à nascente “ de forma que as pessoas aproveitam desde já este recurso natural” (palavras do Presidente da JF, Manuel Miranda)
Manuel Miranda ainda é presidente da Junta, e considerou, na conversa que tivemos, que o projecto ainda se encontra em estudos de prospecção, para tal foi construído o acesso, terraplanagem em descida por escavadora, para possibilitar o acesso da maquinaria de prospecção. Só depois de confirmado o caudal hidrológico se iniciará o projecto termal, caso se comprove explorável o mesmo caudal.

Na visita ao local pareceu-me que esta prospecção ainda não se iniciou, fez-se sim a terraplanagem e no solo estão marcados grandes círculos vermelhos, que assinalam possivelmente os locais onde irão trabalhar as sondas.

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Alojamentos

Só no Vimioso

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Recortes

JN – 9/12/02 (Francisco Pinto) – Novo centro termal germina no Vimioso

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Bibliografia

Acciaiuoli 1944, Almeida 1970, Baçal 1909-38, Calado 1995,  Contreiras 1942, Correia 1922, Narciso 1920, Narciso 1920.

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Dados gerais

Distrito
Bragança

Concelho
Vimioso

Freguesia
Vimioso           

Povoação/Lugar
Quinta da Furna 

Localização
Na EN do Vimioso para Miranda do Douro, depois de passada a ponte sobre a Ribeira de Angueira, tomamos o caminho para a Quinta da Furna, aqui desce-se para a Ribeira, na margem direita encontra-se a nascente. Esta descrição de Almeida (1970), refere-se à antiga EN, actualmente este vale é atravessado por um viaduto de Via Rápida (IP). A quinta da Furna é propriedade de um espanhol, que segundo residentes nas casas junto da ponte, não deixa as pessoas passarem na sua quinta para irem à nascente.

O caminho a tomar é pois a partir do Vimioso, na rua que sai defronte das escolas primárias passando junto de uma pequena capela do lado direito, toma-se a 1km o caminho para a direita no pinhal, daqui segue-se em frente (caminho mais batido), a cerca de  2,7 km da entrada no pinhal, numa bifurcação se toma o caminho da esquerda, daqui até ao rio são 1,7km de descida íngreme em curvas fechadas, sendo a última parte caminho aberto por escavadora. 

Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio Douro        

Zona geológica
Maciço Hespérico- Zona Centro Ibérica

Fundo geológico (factor geo.)
Rochas magmáticas, ácidas intrusivas (granitóides)   

Dureza águas subterrâneas
0 a 50 mg/l CaCO3

Concessionária

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Telefone
n.d.

Fax
n.d.

Morada
n.d.

E-mail / site

n.d.

 

 


Leonor a fotografar o local da nascente




Outro dos baixos relevos representando S. António