[O edifício do balneário]

 

Época termal
Actualmente é pouco utilizada, mas os seus frequentadores são da região.

Indicações

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Tratamentos/ caracterização de utentes

A emergência de água é numa diáclase no granito na base da encosta, sendo a nascente no fundo de um poço com 1 metro.
Acciaiuoli transcreve uma inscrição sobre o balneário: “A 14 de Março de 1919. Águas e Banhos Particulares. Aviso – é expressamente proibido a entrada sem autorização do dono, sendo a entrada com devido respeito e saída igual”. Este balneário consiste num quarto com uma banheira.
À construção descrita por Acciaiuoli foi acrescentado um corpo de 7x4 metros, onde um corredor dá acesso a quatro banheiras de esmalte, cada uma com duas torneiras em cobre, correspondente a água fria e quente.
No antigo balneário localiza-se a nascente, num pequeno poço de onde a água é bombeada (eléctrica) para a caldeira de aquecimento a lenha e daqui, por gravidade, segue para as banheiras.
Numa cota logo acima, e fazendo terraço sobre o balneário, encontra-se o quartel dos aquistas, construção de piso térreo, rectangular com 17x6m, com três portas em cada um dos lados maiores, a que correspondem no interior dois quartos por porta divididos entre si por paredes de tabique, o que perfaz um total de 12 quartos, utilizados mais para repouso pós-tratamento, mas que poderão também ser usados como hospedaria. Curiosamente o balneário foi electrificado recentemente, com iluminação e bomba da água, mas não se estendeu esta electrificação para o quartel de aquistas. 

No Monte de S. Luís foram encontradas sepulturas romanas. No alto há uma pequena capela rural com a invocação deste santo, restaurada recentemente, conforme inscrição lápide da fachada: “Reconstruída em 1994 pelo povo de Escalos de Baixo”.

 

Instalações/ património construído e ambiental

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Natureza

Sulfúrea sódica, 17, 2º (C. Lepierre, 1922)    

 

Alvará de concessão

Nunca foi concessionada

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Historial

Tavares (1810) chama-as de Freixialinho e classifica-as como “hidrogénio sulfuradas, que tem as propriedades e uso que são próprios da sua qualidade; assim aquecidas em banho como muito principalmente em bebida”.
São mencionadas no “Relatório dirigido à Sociedade Farmacêutica de Alpedrinha, por António Mendes Matos, 1840. (cit. Acciaiuoli, 1944/II:134).
Lopes (1892) diz que “ são águas artificialmente aquecidas, são usadas em banho, para o que há um pequeno tanque em más condições”.
Em 1919 foi construído um pequeno edifício de um só quarto, junto à nascente que brota de um poço com cerca de 1 metro, segundo informação de Acciaiuoli (1942), que refere ainda que no ano de 1940 foram dados 20 banhos, com o preço de 2$00 cada.
Posteriormente foi construído um quartel para aquistas e ampliado os balneários, que pela década de 1990 foram restaurados.

Actualmente a procura destas águas limita-se a alguns aquistas da zona de Castelo Branco, que não pernoitam no local. O aquecimento da água é assegurado pelo caseiro do Monte de Águas Santas: "Tem vindo gente tomar banho. Não são de Escalos, de lá não vem cá ninguém, há anos que não aparece aqui ninguém de lá. … Vêm de Castelo Branco e de vários lados, das aldeias aí em volta que sabem que esta água é boa. (caseira do Monte das Águas Santas).

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Alojamentos

Acciaiuoli (1942) relata a existência de uma casa nas proximidades com quartos para alugar. Deveria ser o Monte da Fonte Santa. Actualmente o alojamento está disponível no quartel dos aquistas, com 12 quartos.

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Recortes

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Bibliografia

Acciaiuoli: 1942; 1944; 1948;1949-50, Calado 1995, Choffat 1893,Contreiras 1937, Contreiras 1946, Correia 1922, Costa 1819, Dias 1951, Félix 1877, Lepierre 1922, Lopes 1892, Morais 1947, Santos 1845, Tavares 1810, Vale 1845, Le Portugal hydrologique et Climatique, 1930-1942. 

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