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[O portão das termas encerradas]

 

Época termal
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Indicações

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Tratamentos/ caracterização de utentes

Dermatoses e Reumatismo

 

Instalações/ património construído e ambiental

Com 3 emergências de água, sendo explorada uma. A captagem faz-se num poço com 2m de profundidade, aberto do calcário, dele sai a canalização de distribuição para o balneário (Anuário, 1963).
Do lado esquerdo da estrada uma propriedade murada com cerca de ½ hectare. Defronte do portão forma-se uma curta alameda tendo ao fundo o edifício do balneário, construção dos anos 70, tendo ao lado um tanque semi coberto, local da possível emergência de água. Do lado esquerdo da entrada um armazém seguido de uma construção tipo vivenda de emigrante, com paredes em cimento ainda não pintadas. Do lado direito dois grandes armazéns, o primeiro em estado de ruína, seguido de uma correnteza de casas de aluguer de quartos, também em estado de ruína.
Do lado direito da estrada, encontram-se vários edifícios em estado avançado de ruína, o antigo hotel de 3 pisos, casas de aluguer, assim como um grande armazém.

Dentro da parte murada todas as construções em bom estado de conservação encontram-se bem fechadas, mesmo bem conservadas, no entanto parecem não utilizadas e só ocasionalmente visitadas. Segundo informação da proprietária das termas da Azenha, todos estes armazéns são de ferragens.

 

Natureza

Cloretada e Carbonatada     

 

Alvará de concessão

1929 – Alvará de Concessão, publicação DG, nº6, 2ª série, 8/1/1930, a favor de António Maria Meireles de Vasconcelos.

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Historial

Tavares (1810) ao descrever as nascentes do Pranto (Banhos da Azenha) menciona: “Na raiz do dito monte do Bicanho há ainda outras semelhantes origens, que também fornecem a quantidade necessária para banhos, que tomão os enfermos dentro de barracas ou cabanas que formam de ramos de árvores…” (87). 
Lopes (1892) enumera num capítulo sobre Soure as nascentes do Bicanho, da Azenha e da Vinha da Rainha a “1km de Bicanho”: “…ao norte e na raiz do monte Bicanho, única cuja água de 32º a 34º é aproveitada num estabelecimento balnear muito frequentada na estação própria” (371). Desse estabelecimento balnear no final do séc. XIX, não fez descrição, mas é de crer que fosse bastante primitivo, pois Acciaiuoli (1944, III, 70), informa-nos que as análises feita por C.Lepierre em 1894, foi repetida 16 anos depois “ da beneficiação da captação de água e do estabelecimento termal
Lepierre repete as análises em 1922, mantendo-se as características mineralógicas desta água cloretada sódica, bicarbonatada, levemente sulfatada e litínicas, com um caudal diário 448.920 litros /dia, sendo a temperatura de 28º, mais baixa que a referida por Lopes.   
Mendonça (1926) no seu Relatório de reconhecimento afirmou que estas águas eram aproveitadas há cerca de dois séculos, no local existia um balneário, mas não havia alojamentos (cit.  Acciaiuoli,1944, III, 71).    
Le Portugal Hydrologique et Climatique(1934-5,III, 608) refere-se a este balneário, com 8 cabines de 1ª classe, 18 de 2ª e 8 de 3ª classe, todas para banhos de imersão, não havendo qualquer tipo de hospedagem.  
Nos relatórios de inspecção da década de 30 e 40, Acciaiuoli deu como valores de frequência anual em volta de 300 aquista, sobretudo procurada para a cura de dermatoses. Também o banho da véspera de S. João e S. Pedro era prática habitual nestas termas. No Relatório referente ao ano de 1940, tinham sido dados nessas noites 464 banhos.
Em 1944 esta água foi novamente analisada por Herculano de Carvalho onde é remarcada a constância das suas características mineralógicas.    
Os banhos de S. João são novamente referidos no Anuário (1963), marcado o início da época balnear, mas isento de inscrição médica. Esta publicação dá-nos como data de fundação do balneário 1911, da descrição do seu interior poucas mudanças tinha havido, concluído: “Trata-se dum balneário modesto de tipo rural”.

Actualmente todo o conjunto construído não serve como termas, é antes utilizado como armazéns de ferragens e similares.

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Alojamentos

Do hotel só restam ruínas, houve também aluguer de quartos

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Recortes

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Bibliografia

Acciaiuoli: 1936; 1937; 1940; 1941; 1942; 1944; 1947;1948a;  1948b; 1949-50; 1953.Baptista 1874-79, Bastos 1936/7, Brandt 1881, Choffat 1893, Contreiras 1937, Contreiras 1951, Correia 1922, Leal 1875-80, Lepierre 1894, Lepierre 1911, Lepierre 1922, Lepierre 1944, Lopes 1892, Mendonça1926, Narciso 1920, Narciso 1920b, Narciso 1947, Pamplona 1935, Tavares 1810, Águas minerais do Continente e Ilha de S.Miguel 1940, Anuário Médico-hidrológico de Portugal 1963 ,Le Portugal Hydrologique et Climatique 1930-42, Termas de Portugal 1947.

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Dados gerais

Distrito
Coimbra

Concelho
Soure

Freguesia
Samuel       

Povoação/Lugar
Termas do Bicanho 

Localização
No vale da ribeira de Pranto, afluente da margem esquerda do Mondego. No sopé do monte do Barril, junto da Estrada municipal de Vinha da Rainha para Abrunheira, a 400m para Norte dos Banhos da Azenha.  

Província hidromineral
A / Bacia hidrográfica do Rio: Mondego         

Zona geológica
Orlas Mezo Cenozoicas

Fundo geológico (factor geo.)
Rochas sedimentares (arenitos, areias) – na extremidade do diapiro do sul Mondego   

Dureza águas subterrâneas
200 a 300 mg/l de Ca CO3

Concessionária

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Telefone
n.d.

Fax
n.d.

Morada
n.d.

E-mail / site

n.d.

 

 


O conjunto visto da estrada




O jardim em volta do balneário




Ruínas do hotel