Tipo de exploração:
águas para lazer e captação municipal
Natureza da água:
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Indicações:
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[Os Olhos de Fervença]
Época termal
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Tratamentos/ caracterização de utentes
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Instalações/ património construído e ambiental
Esta zona de captação é caracterizada por uma formação de areias finas com siteles e argilas, assentes numa banca calcária (calcários liasíticos). A água é classificada física e quimicamente potável, não agressiva, carecendo de tratamento bacteriológico preventivo. (Painel da Central de Captação)
Esta central encontra-se na margem esquerda da ribeira que 60 m a jusante forma a represa ou “piscina” de banhos. A central consta do próprio edifício de bombagem e tratamento, mais perto da EN e de seis construções de protecção dos poços de captação, na margem do ribeiro. No meio do lago encontram-se mais três captações actualmente seladas. Toda esta zona é vedada por alta rede, sendo possível visita-la acompanhado pelo guarda da Central.
A zona de lazer é composta pelo parque de merendas, balneários, piscina, restaurante, café, uma zona para vendedores ambulantes e parque de estacionamento, todos estes equipamentos estão na margem direita da ribeira. Na margem esquerda, a montante da “piscina” num extenso terreiro encontra-se um palco para espectáculos diversos.
O parque de Lazer de Olhos de Fervença tem uma área de cerca de 4 hectares, as construções, onde prevalece a madeira como matéria utilizada, encontram-se bem integradas na paisagem, assim como todo o ajardinamento onde as jovens árvores começam a dar sombra às mesas de merendas.
Natureza
Água de nascente
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Fonte que tudo sorve ou fonte de Cadima
Aquilégio (1726): No lugar de Cadima, distante duas léguas da Vila de Tentúgal, comarca de Coimbra, há uma fonte ou charco, que tem de altura um palmo de água, a que os da terra chamam Fervenças, a qual sorve tudo quanto nela se lança, ainda que sejão cousas que nela não cabem , e segundo escreve João Vaseo na Crónica de Hespanha, e depois dele o Padre António Vasconcelos, e Duarte Nunez de Leão nas descrições que escreveram de Portugal, já sucedeu que sorveu arvores inteiras, que de propósito se lhe lançaram, para ver se as sorvia, e chegando-lhe uma besta, a ia sorvendo, de maneira, que com grande trabalho tiveram mão nela. Esta fonte entende Vaseo, que é uma das de duas, que Plínio Histórico disse que havia em Espanha no Campo Carrinense; das quais, a outra não consentia dentro de si nada, e tudo lançava fora. Desta não há hoje notícia. Por campo Carrinense diz Vaseo, que se há de entender Campo Cantinense, que vem a quadrar com Cadima, como aquela terra hoje se chama. Outra fonte como esta se acha junto à Vila do Cano, de que adiante falamos no numero 199, deste Capitulo.(115/6)
Mas na mesma obra o Dr. Mirandela descreve a Fonte Copiosa: No limite da vila de Cantanhede , comarca de Coimbra, no sítio a que chamam de Fervenças, nascem, pouco distantes uma de outro, dois olhos de água fria, com tal abundância , que cada um faz moer juntos dois engenhos de fazer farinha.(115)
No Mapa de Portugal antigo e moderno Bautista (1762), justifica este poder de sorver com as seguintes palavras: “ porque ali há alguma oculta catarata, ou precipício, como bem explica o doutíssimo Feijó.
Do Guarda da estação elevatório de Olhos de Fervença, ouvimos a seguinte versão: Há várias pessoas que contam, que antigamente neste lago a terra sorvia a água, conta-se até que ao fim do dia vinha aí o gado beber, e houve uma vez uma junta de bois com uma carroça, que deram um passo em falso e desapareceram nesse buraco que chupava a água, foi neste local que dizem que isso aconteceu.
Continua a surpreender esta emergência de água, já não engole “juntas de bois”, mas a água borbulha em explosões contínuas do fundo de areia da “lagoa”, numa área com cerca dos 120m2. Aqui é feita a captação de água em poços de pouca profundidade (3 a 14m ) para a rede pública de abastecimento não só para o município de Cantanhede, mas para as freguesias vizinhas dos concelhos de Mira, Coimbra e Montemor-o-Velho. As nascentes que rebentam no fundo da lagoa seguem o seu percurso pela ribeira onde a 60 metros se forma a “piscina”.
Todo o processo de aproveitamento desta água iniciou-se na década de 60, conforme a descrição do painel existente à entrada da estação elevatória: Em 1960 foram realizados estudos hidrogeológicos que indicavam grande capacidade produtiva nesta zona. Em 1967 a Direcção dos Serviços de Salubridade indicou a existência de um caudal de estiagem total de 20.000 litros/ segundo, nessa altura foram executados oito poços, com profundidades entre 3,75m e 7,35 m, ficando dois em funcionamento. Em 1970 iniciou-se o fornecimento ao concelho a partir desta captação, em 1982 foi executado um poço com 14m de profundidade e 2,5m de diâmetro com capacidade de um caudal médio de 40 litros/ segundo. Em Março de 1994 executaram-se os ensaios do caudal, procedendo-se ao controlo físico e químico in sitius.
Com os poços actualmente em funcionamento a capacidade de captação é de 215 litros/segundo.
O projecto de construção do Parque e Praia Fluvial de Olhos de Fervença, foi apresentada pelo presidente da Câmara, Rui Crisóstomo à Direcção Regional do Ambiente e Recursos Naturais em 1997 (JN – 18/5/1997). A Universidade de Aveiro foi responsável pelo estudo científico.
No final de 2000 a Câmara chegou a um acordo de indemnização com os proprietários dos terrenos em volta do local onde se veio a construir O Parque de Lazer de Olhos de Fervença, a jusante da Central de Captação. Em, 2002 a gestão do parque passou para empresa municipal Inova.
Na Tocha e Cantanhede
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Castro 1762, Feijó 1984, Henriques 1726, Leão 1610 (2ª ed. 1785), Vasconcelos 1621.
Freguesia
Cádima
Povoação/Lugar
Casal do Neto - Olhos de Fervença
Localização
Na EN de Tocha para Cantanhede no lado direito da estrada, no lugar de Casal do Neto, encontra-se o complexo municipal de Olhos da Fervença
Província hidromineral
A / Bacia hidrográfica do Rio: Vouga
Zona geológica
Orlas Mezo Cenozoicas
Fundo geológico (factor geo.)
Rochas sedimentares (arenitos, areias)
Dureza águas subterrâneas
200 a 300 mg/l de Ca CO3
Concessionária
Morada: Câmara Municipal de Cantanhede - “inova – Empresa de Desenvolvimento Económico e Social de Cantanhede E.M.
Telefone
231410830
Fax
231410839
Morada
Zona Industrial – apartado 57/ 3064-909 Cantanhede
E-mail / site
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais