Tipo de exploração:
Água para lavagens e ingestão
Natureza da água:
Ferruginosas
Indicações:
Anemias e aparelho digestivo
[A ribeira que divide a herdade da Casqueira da Herdade da Ganhoteira]
Época termal
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Anemias, dispepsia (Contreiras 1937)
Tratamentos/ caracterização de utentes
“Ainda há pessoas que vão lá à agua, para tomarem banho em casa.”
Instalações/ património construído e ambiental
Na Casqueira não resta nenhum testemunho de construção, além de um poço de captação de águas, o poço nº5.
Natureza
“São límpidas, inodoras e de sabor salino, acentuadamente metálico, acusando a temperatura de 17º C. Analisadas muito sumariamente em 1893, foram consideradas como ferruginosas” (Águas e termas portuguesas 1918:44)
Hipossalina ferruginosa (Acciaiuoli 1944)
1894 - Alvará de concessão, publicado no DG, nº 230 de 10/10/1894
Foram descobertas em 1860 pelos trabalhadores da mina da Alpedreira, e de então para cá são confirmadas as suas virtudes medicinais em banhos, no reumatismo, úlceras antigas e doenças de pele, entre os povos da vizinhança, que, com limitada frequência, ali começou a usa-las num improvisado balneário. (Sarzedas, 1907, 146)
A utilização da água iniciou-se após a abertura de um poço para exploração mineira de cobre pela Companhia de Mineração Trastagana. Um empresário arrendou a esta companhia o direito de dar ali banhos. Por falência desta empresa exploradora, a casa Reynolds tomou posse dos terrenos e cedeu gratuitamente a exploração da água. O primeiro poço desmoronou-se e foi aberto outro junto do Ribeiro, com 5 m de profundidade e 2 m de secção. Os balneários possuíam, em 1894, quatro barracas de madeira com uma tina de madeira cada. "Nas instalações habitacionais acumulavam-se maior número de pessoas do que o permitido pela higiene." (cit. Acciauoli 1944, IV: 192)
No relatório de 1939 Acciauoli diz que são concessionários D. Maria Reynolds Graça Zagalho e Manuel Vicente Graça Zagalho, mas está pedida a concessão para Elisa Carmen Zagalho Vieira da Silva, encontrando-se pendente o processo por não ter área reservada.
No Relatório de 1943-46, o autor diz que o alvará foi dado conforme o pedido referido, sendo a área de protecção de 50 hectares .
Mas a concretização de um balneário na Casqueira, parece nunca ter acontecido
“Termas só havia na Ganhoteira, a exploração é que era à extrema, então havia poços de exploração do lado da Casqueira. Talvez houvesse termas naquele cabeço, mas se houve foi noutras eras.”
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Acciauoli: 1936, 1937, 1940, 1941, 1942, 1944, 1947. Contreiras 1937, Correia 1922, Machado 1893, Narciso 1920, Pego 1894, Sarzedas 1907, Torres 1893, Actas- Alocuções - Comunicações 1948, Águas Minerais do Continente e Ilha de S. Miguel 1940, Águas e Termas Portuguesas 1918, Anuário Médico-Hidrológico de Portugal 1930-42
Freguesia
Viana do Alentejo
Povoação/Lugar
Herdade da Mina
Localização
Na encosta que desce para o vale do ribeiro da Ceiceira
Província hidromineral
A / Bacia hidrográfica do Rio Sado
Zona geológica
Maciço Hespérico - Zona Ossa-Morena
Fundo geológico (factor geo.)
Rochas magmáticas (granitóides), na ligação com a zona alentejana rica em sulfuretos
Dureza águas subterrâneas
200 a 300mg/l de CaCO3
Concessionária
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Telefone
n.d.
Fax
n.d.
Morada
n.d.
E-mail / site
n.d.
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais