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[A fonte com a sua recente protecção]

 

Época termal
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Indicações

A utilização para a cura da sarna é uma memória ainda viva, embora actualmente a água desta “fonte milagrosa” não tenha qualquer utilidade; mesmo o ritual de se levar uma bilha de água durante as festas em honra da santa já desapareceu: “As pessoas bebiam dela, quando faziam as festas aqui da zona, todas as pessoas traziam uma bilha para levar água para beber. Diziam que curava a Sarna que era uma doença da época, agora já é raro haver sarna, mas dantes não era assim.” (informante)

Tratamentos/ caracterização de utentes

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Instalações/ património construído e ambiental

Na freguesia de Santa Justa, no local que denomina a freguesia, existe uma igreja do século XVIII em ruínas, o cemitério da aldeia e uma escola primária abandonada; o aglomerado populacional onde se encontra a sede da freguesia é Vale Pereiro, a 5 km deste local isolado.
A fonte localiza-se nas traseiras da igreja, num plano mais baixo que o solo. Ao fundo de uns degraus há a bica numa parede coberta por um painel de azulejos representando Santa Justa. Esta escadaria e o gradeamento em volta da nascente foram obras de uma recuperação não muito antiga, talvez na década de 1980, mas que uma informante ao descrever a nascente localizou nos anos 1950: “Antigamente ia-se por terra até lá ao fundo, era um género de uma cova, mas na nascente, e dá-me a ideia que fazia assim um «cocho», assim uma cova com uma bica. Estas partes e esta escadaria nunca teve, era unicamente o painel e a bica, portanto era um buraco. Isto que aqui está é para aí dos anos 50.” (informante)
Na visita, todo o espaço da fonte se achava debaixo de água a partir do segundo degrau, onde não faltavam salamandras e lagostins de rio. Muito possivelmente tratava-se de água infiltrada da represa agrícola construída no leito da ribeira, distante da fonte uns escassos 10 m.

Quanto ao tanque relacionado no Aquilégio, não subsistiu nenhum testemunho construído ou na memória popular.

 

Natureza

“Ela tem sempre água, nunca seca … era mais térrea.”    

 

Alvará de concessão

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Historial

Segundo o Aquilégio (1726), “ no termo do Vimieiro, comarca de Estremoz, junto à igreja de Santa Justa, que dista uma légua da dita vila, está uma fonte com um tanque , em se lavam as pessoas que tem sarna, e ficam muito livres dela, ou por virtude da água, ou por milagre da Santa
O que resta da igreja de Santa Justa são paredes em tempos cobertas de azulejos: “Foram tirando os azulejos, roubaram, mas muitos dos azulejos que estavam aqui, foram tirados por um pedreiro e postos numa capela nova que fizeram em Vale Pereiro, eram todos azuis, como aqueles que estão na porta do cemitério.”Como que a provar que as acrópoles se transformam em necrópoles, lá está o cemitério defronte da fachada da igreja, num terreiro onde até à década de 1950 se fazia a festa da freguesia, actualmente cercado por rede de gado: “As festas aqui eram anuais, as pessoas levavam sempre dali a água com uma bilhazinha. Não tinha dia próprio, era sempre no Verão, entre Agosto e Setembro. Faziam grande romaria aqui, as pessoas vinham da aldeia e aqui dos montes e toda a gente levava água milagrosa da Santa Justa.” (informante)

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Alojamentos

Em Arraiolos

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Recortes

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Bibliografia

Henriques1726

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Dados gerais

Distrito
Évora

Concelho
Arraiolos

Freguesia
Vimieiro       

Povoação/Lugar
Santa Justa 

Localização
A cerca de 4,5km de Vimieiro na EM para Vale Pereiro, dentro de uma herdade à direita da Estrada.  

Província hidromineral
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Zona geológica
Maciço Hespérico - Zona Ossa-Morena

Fundo geológico (factor geo.)
Rochas Magmáticas (granitóides)   

Dureza águas subterrâneas
200 a 300mg/l de CaCO3

Concessionária

Sem uso

Telefone
n.d.

Fax
n.d.

Morada
n.d.

E-mail / site

n.d.

 

 


A Igreja e Cemitério de Santa Justa




A grade em ferro protege os azulejos do séc.XVIII