AVISO: A informação disponibilizada neste site tem como data de referência o ano 2002 e pode encontrar-se desactualizada.


[s/ legenda]

 

Época termal
Os meses de Julho e Agosto são os mais utilizados para banhos

Indicações

Reumatismos e doenças de pele, aparelho digestivo.

Tratamentos/ caracterização de utentes

Durante todo o ano vem-se aqui buscar água “pois é muito boa para a digestão”.

 

Instalações/ património construído e ambiental

Banhos rudimentares, de duas tinas. Foram recentemente restaurados e continuam a ser duas cabines com banheiras simples, com porta fechada à chave. A nascente de água encontra-se a 5 m do balneário, protegida por uma simples construção cúbica, com uma bica num dos lados. Daí a água corre para um pequeno tanque com pedras para lavagem de roupa e deste para o ribeiro.

 

Natureza

Hipossalina, bicarbonatada sódica, alcalino-sódica, mesotermal (28º)    

 

Alvará de concessão

A conservação do local é feita pela Junta de Freguesia de Alferce

regressar ao topo da página

 

Historial

“No sítio da Malhada Quente a meia légua de Monchique, há outra nascente de água quase fria, bastante medicinal, sobretudo para chagas; e no da Fornalha, a 1 légua, ainda há outra semelhante, porém quente: ambas estão em perfeito abandono; e por poucas pessoas são conhecidas as suas virtudes.” (Lopes, 1841) É também citada por Bonnet (1850) na sua “Mémoire sur le Royaume de l’Algarve”. Alfredo Luís Lopes (1892) noticia por informação de terceiros a existência de três nascentes termais na freguesia de Alferce, a Fonte Santa de Alferce (p. 114), a da Fornalha (p. 245) e a da Malhada Quente (p. 290). Classificou a água da Fonte Santa de Alferce como “termal sulfúrea” onde são dados banhos em “modestíssimos casebres ou cabanas com péssimas tinas, para a qual corre encanada a água termal”. Quanto à da Malhada Quente, considerou-a igual à das Caldas de Monchique, “a cuja mesma tralha parecem pertencer. É usada por doentes pobres no tratamento de doenças cutâneas e reumáticas.” A confusão do autor em relação a estas duas nascentes é total mas já as referências à Fornalha são mais coincidentes com a realidade, como se poderá ver na descrição desta nascente. Acciauoli (1944, V: 22) cita Lopes e os mesmos erros. Almeida (1966), descreve os banhos: “Uma casa tosca onde a água corre por várias bicas de que os doentes se vão servindo como da sua ideia melhor entende. Apesar da água nascer a 28º, há uma caldeira ao lado da casa-balneário, que serve para aquecer os banhos para os doentes reumáticos que assim o exigem”. O local pouco mudou depois da visita de Amaro de Almeida, na década de 60. Recentemente a junta de freguesia recuperou a “casa-balneário”, composta por dois quartos com uma banheira cada, e sobre a nascente foi construída uma cabine de protecção.

regressar ao topo da página

 

Alojamentos

O “casal próximo aluga quartos” descrito por Almeida (1966) está actualmente em ruínas. Alojamentos só em Monchique.

regressar ao topo da página

 


Recortes

---

regressar ao topo da página

 

Bibliografia

Acciauoli 1944, Almeida 1966, Bonnet 1850, Calado 1995, Carvalho 1920, Contreiras 1937, Correia 1922, Félix 1877, Lopes 1892, Lopes 1988, Narciso 1920, Roquette 1888, Le Portugal Hydrologique et climatique 1930-42

regressar ao topo da página

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Dados gerais

Distrito
Faro

Concelho
Monchique

Freguesia
Alferce       

Povoação/Lugar
Malhada Quente 

Localização
Na estrada para Alferce, a 4 km de Monchique, toma-se uma estrada municipal à esquerda, assinalada com a placa Fonte Santa; a cerca de 1 km encontra-se o estacionamento, e daí segue-se por um carreiro (200 m) até ao pequeno vale onde se encontra a nascente.  

Província hidromineral
A / Bacia hidrográfica do Rio Arade      

Zona geológica
Maciço Hespérico – Zona sul portuguesa

Fundo geológico (factor geo.)
Maciço subvulcânico de Monchique. Meio fissurado, alta permeabilidade.   

Dureza águas subterrâneas
100 a 300 mg/l CaCO3

Concessionária

Uso popular

Telefone
n.d.

Fax
n.d.

Morada
n.d.

E-mail / site

n.d.