Tipo de exploração:
Água para lavagens (sem uso)
Natureza da água:
Sulfúrea
Indicações:
Doenças músculo-esqueléticas e dermatoses
[O rochedo onde se encontra a surgência de água]
Época termal
---
Reumatismo e doenças de pele
“Já ninguém lá vai, já não se usa“ (proprietário do café de Vila do Touro)
Tratamentos/ caracterização de utentes
A nascente já não é utilizada, de acordo com vários informantes: o proprietário do café de Vila do Touro, um pastor que no caminho e um casal de idosos moradores na Abitureira.
Instalações/ património construído e ambiental
A água brota num pequeno poço escavado num afloramento de granito, saindo duma diáclase do fundo também em granito; num afloramento próximo também emerge água da mesma natureza (Acciaiuoli, 1939).
Embora tenhamos estado no local, não conseguimos confirmar se este poço se encontrava dentro da construção que se vê sobre o afloramento granítico, dado que se encontrava bem fechada. No afloramento próximo, corre a nível do solo um pequeno fio de água sulfúrea, mas a chuva intensa que tinha caído nos últimos dias e o consequente encharcamento das terras não permitiu confirmar se seria esta a nascente aplicada em banhos dentro da pequena construção.
Natureza
Hipossalina, carbonatada sódica (Accaiuoli1939)
Sulfúrea sódica (Calado, 1995)
Sulfúrea sódica, fluoretada (Amaro, 1975)
“É uma água sulfurosa mais forte que a de Cró” (proprietário do café de Vila do Touro)
1912, 13 de Julho - Alvará de concessão
1922, 30 de Janeiro – Foi considerada abandonada
1936, 5 de Novembro – Alvará de concessão à Empresa Balnear de Cró Lda., com uma área reservada de 60 hectares.
1944, 5 de Julho – Declaração de abandono.
A utilização desta água é muito antiga, segundo informa o relatório de reconhecimento da nascente elaborado quando do pedido de concessão em 1909. Neste ano é feita a análise química desta água por Bonhorst. Os aquistas acampavam no local, transportando banheiras e aquecendo a água a fogo de lenha.
A concessão passada à Empresa Balnear do Cró, em 1936, poderá ser interpretada como uma quebra no seu desenvolvimento, já que à época as Termas de Cró estavam em plena expansão, e a vizinhança de outras termas não seria benéfico ao desenvolvimento. Seja por esta razão ou simplesmente pelo pequeno caudal desta nascente a sua exploração nunca se concretizou. Amaro de Almeida (1975: 148), na sua visita ao local, comenta sobre o aproveitamento desta nascente: “Com os melhoramentos das Caldas de Cró, situada a 7 km para jusante da mesma ribeira, a comodidade e a assistência clínica atraíram ali a população termal.”
Actualmente a sua localização só é lembrada pelos mais idosos.
No Sabugal
---
Acciaiuoli: 1936; 1937; 1940; 1941; 1942; 1944; 1947;1948a; 1948b; 1949-50; 1953. Almeida 1975, Bonhorst 1909, Calado 1992
Freguesia
Vila do Touro
Povoação/Lugar
Pêga
Localização
Na margem esquerda da Ribeira de Cró, a 7 km a montante das Caldas de Cró. Em Vila de Touro toma-se a EM para a Abitueira; cerca de 500 m à frente, numa zona em que a estrada faz uma série de curvas, toma-se um velho caminho em direcção à ribeira, que se passa num pontão do Carvalhal para o lameiro da Pêga; a nascente encontra-se num afloramento granítico a 50 m.
Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio Douro
Zona geológica
Maciço Hespérico – Zona Centro-Ibérica
Fundo geológico (factor geo.)
Rochas magmáticas (granitóides)
Dureza águas subterrâneas
0 a 50 mg/l de CaCO3
Concessionária
Uso popular
Telefone
n.d.
Fax
n.d.
Morada
n.d.
E-mail / site
n.d.
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais