Tipo de exploração:
Água para lavagens
Natureza da água:
Sulfúrea
Indicações:
Doenças músculo-esqueléticas e dermatoses
[O Sr. José Bernardes na poça ou tanque dos banhos]
Época termal
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Doenças de pele e reumatismo
Tratamentos/ caracterização de utentes
É usada externamente em banhos ou em lavagens locais, na maioria das vezes transportada para as casas, embora, como informou o Sr. José Bernardes (membro da junta de freguesia), “também há quem tome banhos aqui, sobretudo no Verão”
Instalações/ património construído e ambiental
A emergência da água dá-se de uma rocha granítica, ao nível do solo, onde foi colocada uma bica de pedra, que brota para um tanque escavado do solo, com as paredes em pedra seca em forma curvilínea que une as duas paredes laterais de 3 e 8 metros, respectivamente.
Natureza
Sulfúrea sódica, fluoretada, hipotermal . “Água esquecida e perdida mas bem singular, o seu fluoreto corresponde a 10% do resíduo.” (Almeida 1975)
Sulfúrea sódica (Calado 92)
A temperatura na emergência deverá rondar os 20º.
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O seu aproveitamento é local, não ultrapassando os moradores das freguesias próximas.
Amaro de Almeida (1975) descreveu o local do seguinte modo: “É humilde construção de granito com a água a correr para uma pequena pia, cujas sobras alagam um fosso de pequena profundidade”.
Este fosso foi transformado num tanque mais profundo, mas na junta de freguesia não existe nenhuma documentação sobre a nascente, o mesmo se passando a nível camarário, onde o desconhecimento desta e das outras nascentes do concelho é total.
O Sr. José Bernardo comentou sobre a origem da nascente: "Isto não é muito antigo, foi aqui um vizinho que resolveu escavar para procurar água para regar, depois resolveram fazer o aproveitamento da nascente, mas também regam daqui. Isto mantém sempre o mesmo caudal, de Inverno ou Verão. A Junta se tivesse dinheiro comprava aqui estes terrenos, depois mandava analisar as águas e fazer as captações, depois podia-se fazer umas termas pequenas. Já temos uma casa que alugamos a turistas, é da Junta, alugamos a turismo alternativo, com as termas ainda seria melhor.
Isto é preciso começar a ter ideias para as pessoas não irem embora. Estas aldeias são só velhos. Na freguesia temos ali em cima um lugar que tem agora cinco habitantes, todos de setenta e tal anos."
“Estas aldeias estão desertas, se não fossem os velhos não vivia cá ninguém. Mas é preciso inventar coisas para atrair visitantes, aqui na Junta recuperámos uma velha casa, que alugamos a turistas, sobretudo ao turismo alternativo. (José Bernardes)
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Almeida 1975, Calado 1992
Freguesia
Vilares
Povoação/Lugar
Na várzea de Vilares
Localização
Na aldeia toma-se o caminho para a várzea, na direcção da Ribeira das Cerejas. A emergência encontra-se a cerca de 800 m, a um canto dum lameiro.
Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio Mondego
Zona geológica
Maciço Hespérico - Zona Centro-Ibérica
Fundo geológico (factor geo.)
Rochas magmáticas (granitóides)
Dureza águas subterrâneas
0 a 50 mg/l de CaCO3
Concessionária
Uso popular
Telefone
n.d.
Fax
n.d.
Morada
n.d.
E-mail / site
n.d.
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais