Tipo de exploração:
Sem uso
Natureza da água:
Cloretada sódica
Indicações:
Reumatismo
[A fonte Nova]
Época termal
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Dispepsias, catarros das mucosas, reumatismo, gota, dermatoses, várias manifestações artríticas (Correia 1922)
Tratamentos/ caracterização de utentes
Ingestão e banhos (Correia 1922)
Instalações/ património construído e ambiental
Actualmente a Fonte Nova está desactivada. Nos limites do centro urbano de Torres Vedras, numa rotunda que se abre para novas urbanizações, o chafariz foi deslocado pelas necessidades urbanísticas. A água chegava a este local por canalização de uma nascente que se encontra na colina por detrás da fonte. Do lado esquerdo da rua Aurélio Ricardo Belo, por detrás dos prédios, numa antiga azinhaga, sensivelmente a meio, resta uma construção em nicho que seria possivelmente a entrada da mina, ou mesmo um pequeno chafariz da mesma água. Continuando o percurso nesta azinhaga encontra-se uma captação ou depósito de água camarário.
Natureza
Cloretada sódica, bicarbonatada sódica, magnesiana e cálcica, sulfatada cálcica, litinada, levemente sulfídrica, hipomineralizada (1,27 g), fria (18,6º) (Correia 1922)
1894 – Alvará de concessão publicado no DG nº 2, de 3 de Janeiro de 1894
1922 - Decreto declarando abandonada a nascente de Fonte Nova a 30 de Janeiro, publicado no DG, nº 29, 2ª série, de 6 de Fevereiro de 1922.
O prédio onde terá existido um balneário lá está, ao fundo da rua Santos Bernardo, ostentando a data de 1898, quatro anos depois do primeiro alvará. Segundo o actual inquilino, Sr. Leal, esse balneário não terá durado mais que alguns meses, e seria possivelmente resultado de um acordo entre o Hospital de Torres Vedras e o proprietário da casa, de seu nome António Alfazema. Quanto à data de funcionamento, o Sr. Leal propõe: “Pelas fotografias que vi no Badaladas, no museu ou ali na biblioteca, eram as criadas fardadas com as saias por aqui, aquilo é foto de 1910. É já no século XX, estou convencido disso.”
Mas nunca existiu uma canalização de água da Fonte Nova para este suposto balneário, de que dista uns 70 m: o transporte de água era feita em pipas e cântaros e era depois de aquecida para os banhos.
O balneário já não é do tempo de nenhum dos informantes, mas sim a água da Fonte Nova, hoje seca, que “corria ali daquela fonte e fazia um grande lago, onde os animais bebiam água e corria então por aí abaixo até à feira. Havia aqui umas vinhas e uns terrenos onde a malta jogava à bola, e depois íamos às uvas.”
Residenciais e pensões na cidade de Torres Vedras.
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Acciaiuoli 1944, Acciaiuoli 1948, Castro 1900, Correia 1922, Lepierre, Charles, e Manuel Moreira Júnior 1893 e 1896, Orey1893,Vieira1926
Freguesia
Torres Vedras
Povoação/Lugar
Torres Vedras
Localização
Na rotunda da Fonte Nova, ao fundo da Rua Santos Bernardo.
Província hidromineral
A / Bacia hidrográfica: Ribeiras de Costa – Rio Sizandro
Zona geológica
Orlas Meso-Cenozóicas
Fundo geológico (factor geo.)
Rochas sedimentares, predominantemente arenitos
Dureza águas subterrâneas
100 a 300 mg/l CACO3
Concessionária
Sem uso
Telefone
n.d.
Fax
n.d.
Morada
n.d.
E-mail / site
n.d.
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais