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[Se das fontes águas férreas já não há memória, Constância guarda um belo chafariz do séc.XIX, chamado de Fonte Nova]

 

Época termal
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Indicações

Anemias

Tratamentos/ caracterização de utentes

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Instalações/ património construído e ambiental

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Natureza

Ferruginosa    

 

Alvará de concessão

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Historial

Perto da Vila de Punhete, na quinta dos padres da Companhia da Casa de S.Roque de Lisboa …. Há uma fonte que passa por minerais de ferro … Também é fama constante, que é excelente para obstruções, do que há muitas experiências nesta Corte, onde muita gente está bebendo, para se opilar, o que faz a água muito bem …” (Aquilégio, 1726, 84).
Nos Quesitos às Paroquias do Marques de Pombal (1758) a resposta à pergunta 23 foi a seguinte: “23- Se há na terra ou perto dela alguma fonte ou água célebre e se as suas águas têm alguma especial virtude.
Dentro na Villa não há fonte alguma descoberta: nas vizinhanças, algumas há de especial nota somente são as duas fontes que estão dentro na quinta de Santa Barbara huma chamada fonte de São Francisco que he ferrada, onde de todas as partes ou quasi todas deste Reino; e ainda do Reino de Castella se manda procurar pellas suas virtudes e outra chamada do Castanheiro não ferrada; de que usa muita parte deste povo. A qual quinta está distante desta Villa um quarto de legoa.           
Estas águas aparecem ainda referenciadas no Almanaque de 1794, como Águas férreas de Punhete (cit.Acciaiuoli 1944/II.98).
Oliveira publicou em 1799, uma “Notícia analítica das águas férreas de Vila de Punhete, seu modo de obrar; Moléstias em que são próprias...” citadas por Acciaiuoli (1944/II.99), que comenta: “nada tem de interesse”.
Em 1819, o Drº Francisco Inácio Santos Cruz, na sua Descrição topografica-médica da Vila de Punhete, mencionas várias águas férreas em Punhete. 
No período das Cortes Constituintes (1821-22) foram por várias vezes relacionadas nos discursos dos Senhores Deputados as Águas Férreas. Na sessão de 29 de Julho de 1822, o Barão de Molelos apresentou à Assembleia uma “Indicação”, sobre o estado das nossas nascente de águas minerais, referindo a quase total ausência de análises químicas a essas águas, as únicas existentes eram as análises de Caldas da Rainha, Sangemil , São Pedro do Sul e as Águas Férreas de  Punhete, mas o deputado tinha a seguinte opinião sobre essas análises: “…não devem considerar-se rigorosas análises. […] E causando a falta deste conhecimento mui grave prejuízo, e até vergonha à nação portuguesa, pois que tendo as nações mais cultas da Europa feito analisar, já há muito tempo as suas aguas mineraes, somente as nossas ainda o não tem sido, resultado de tão indesculpável incúria não só a privação de tão saudáveis remédios, mas a grande, e tão desnecessárias despesa, que fazemos na compra de muitas aguas mineraes estrangeiras, tendo nós talvez muitas tão boas, e provavelmente melhores no nosso paiz.” 
São ainda vários os pedidos de “licenças do Senhores Deputados” para “ir tomar águas férreas”, embora não sejam directamente mencionadas ás águas de Constância, a moda de tomar águas férreas prolongou-se até ao último quartel do séc.XIX  
Em 1839 foi publicada a Topografia Médica da Vila de Punhete, o seu autor referiu as seguintes nascentes: Ribeira de Paerboroa, Limeiras, Santa Cita, Ribeira de Tancos, Convento do Loreto, ribeiro do Guilherme, quinta de Santa Bárbara, Ribeiro do Carvalho, Aifa, Barro, Carvalhal e Punhete, as águas desta última nascente foram então analisadas (cit.Acciauoli, 1944/II,131)  
Alfredo Lopes escreveu:  Águas minero-medicinais de Portugal (1892), as nascentes de Constância já se encontravam esquecidas: “Perto de um ribeiro, que corre para o Zêzere, existe não muito longe deste rio uma fonte de água férrea, fria, outrora muito recomendada, mas hoje quase em abandono.

Actualmente é totalmente desconhecida a existência de uma nascente de água férrea na freguesia de Constância, mas no seu subsolo a situação é diferente, segundo informação do gabinete de Ambiente da Câmara Municipal: O que se passa é que nesta zona todas as águas de profundidade são férreas, as pessoas que têm furos ficam com os depósitos cheios do depósito férreo 

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Alojamentos

Turismo de habitação em Constância

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Recortes

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Bibliografia

Acciaiuoli 1944, Chaves 1839, Cruz 1819, Lopes 1892, Oliveira 1799.

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Dados gerais

Distrito
Santarém

Concelho
Constância 

Freguesia
Constância        

Povoação/Lugar
Ribeira de Páerboroa (Lopes,1892)   

Localização
Actualmente estas águas só se encontram no subsolo do concelho  

Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio:  Tejo      

Zona geológica
Maciço Hespérico – Zona Centro Ibérica

Fundo geológico (factor geo.)
Rochas Metamórficas (Xistos)  

Dureza águas subterrâneas
100 a 300 mg/l de CaCO3 

Concessionária

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Telefone
n.d.

Fax
n.d.

Morada
n.d.

E-mail / site

n.d.

 

 


Na outra margem do Zêzere, já no concelho de Vila Nova da Barquinha, uma mina de água férrea, talvez a última urgência do aquífero das águas ferrosas do subsolo do concelho