[O miradouro do jardim Joaquim Ramos Vieira, onde se localiza a nascente]

 

Época termal
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Indicações

Doenças dos olhos (popular).

Há uns anos tive uma infecção, andei na eira a debulhar trigo, no tempo em que debulhava com mulas, tive uma infecção e vim aqui. Muita gente chega aqui e leva porque conhecem que essa água é especial para lavar os olhos. Pode lavar à vontade os olhos e a cara, beber ela é salobra, o senhor sabe o que é? Está sujeito a vir alguma sanguessuga e ficar presa e isso é mal. De resto é limpinha e tudo o resto (informante).

Tratamentos/ caracterização de utentes

Lavagens dos olhos no local ou transportada para lavagens ao domicilio

 

Instalações/ património construído e ambiental

Trata-se de um fontanário simples de uma só bica que corre para um tanque. O excesso de água é aproveitado numa fábrica de Curtumes próxima. A nascente encontra-se na colina do miradouro, ou como referiu um informante: dizem que isto aqui é uma rocha muito grande e por baixo as águas passam.

 

Natureza

“…esta água é salobra […] quer de noite quer de dia, quer de Verão quer de Inverno está sempre aí a correr a água… É mais ou menos sempre a mesma quantidade.” (informante).

 

Alvará de concessão

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Historial

A referência a esta nascente foi dada pelo Departamento de Ambiente da Câmara Municipal de Alcanena, como de utilização popular para doenças de olhos. Segundo o contacto tido com senhor de 77 anos, natural de Alcanena, o Miradouro foi construído no início da década de 40 (séc. XX), altura em que o fontanário foi deslocado de cerca de 50m do seu local original: Eu sei há quantos anos foi a mudança, olhe antigamente isto aqui (o miradouro) era umas casas velhas que por aqui havia, deitavam para aqui os despejos das casas. Agora eu tenho 77 anos, trabalhava naquela fábrica, sai da escola com 10, ora 77, 66 ou 65 anos que ela passou dali para aqui.
Posterior a esta data foi a tentativa de captar esta água por abertura de um poço na colina, também relatada pelo nosso informante: “…há aqui um poço por trás, está ver onde está aquele galo (cata-vento), ali para cima há um poço era de um homem que tinha uma taberna, ele fez ali um poço por causa desta água aqui, mas o poço nunca teve água.

Mais recente deverá ter sido o aproveitamento das sobras desta água para uma unidade fabril de curtumes que se encontra do outro lado da rua: Aqui há uns anos como a água corria para a estrada, como há ali uma fábrica de curtumes, fizeram um cano que está a ver ali… mergulha e eles aproveitam a água para o curtume porque era um desperdício estragava-se esta água. Portanto a água sai ali naquele depósito e depois segue para uns tanques.

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Alojamentos

Um Hotel, uma residencial e um café dom aluguer de quartos em Alcanena

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Recortes

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Bibliografia

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