Identificação

Fonte Férrea e fonte de Prata

SANTARÉM

Distrito

Historial

“No termo da vila de Abrantes, em uma propriedade de Francisco Gucisão, no sitio do Ribeirinho, está uma fonte, que passa por minerais de ferro, cuja água tem virtude de fazer bom cosimento do estômago, e de facilitar a sua digestão “(Aquilégio, 1726, 92)

Fonte Prata:  “ Na mesma propriedade de que falamos no numero antecendente, nasce uma água no alto de uma serra, cuja água, dizem passa por minas de prata, é muito cristalina, e fria, não se sabe virtude medicinal…” (Aquilégio, 1726, 92)

Abrantes

Concelho/ Freguesia

Indicações

Henriques 1726.

 

 

   
Identificação

S. Sebastião

SANTARÉM

Distrito

 

No Aquilégio (1726, 93)  a nascente de Mouriscas esta no parágrafo com o título: “Fontes férreas”, diz o Dr. Mirandela: “ entre estas fontes uma, de que toda a gente bebe, é a que esta em S. Sebastião das Mouriscas. 

Abrantes /  Mouriscas 

Concelho/ Freguesia

Bibliografia

Henriques 1726

 

 

 
Identificação

A Fadagosa 

SANTARÉM

Distrito

 

Quatro léguas da vila de Abrantes, sobre a ribeira de Soro, está uma fonte, a que chamam da Fedegosa, pelo fedor a enxofre, que tem a sua água, em que também se percebe o sabor do mesmo enxofre, mas sendo tão sulfúrea não é quente, e há experiências de cura de Sarna, lavando-se com ela, e usada em banhos, é de crer que curará todos os achaques cutâneos, e que será de utilidade nas queixas espúrias dos nervos, e juntas. Assim como cura a sarna na gente, cura a rabuge nos cães, e nas ovelhas a ronha, “ ( Aquilégio, 1726, 94) .

A cerca 4 léguas (apr. 18km)  encontra-se a Fadagosa de Mação e a Fadagosa do Tejo,  a umas seis léguas a Ladeira dos Envendos e as duas Fadagosas da Comenda, esta na margem de ribeiras que formam o rio Soure, que não é obrigatoriamente o ribeiro Soro.  

O Padre Baptista de Castro, 1762, repetiu a notícia do Aquilégio. 

Não encontrei mais nenhuma referência nos “inventariastas” de águas minerais, mas no mapa de Calado (1995), parece marcada uma nascente sulfúrea sobre o final da Ribeira da Pracana. Caso a “Fadagosa” de Calado (1995) coincida com a do Dr. Mirandela. (1726), estamos em território de Proença a Nova e portanto já distrito de Castelo Branco. Sendo válida esta coincidência, foram visitados dois locais que poderão corresponder ao local a Fadagosa da Pracana e Fadagosa de S. Pedro Esteval, a primeira está excluída porque Calado (1995) também assinala no seu mapa, uma Fadagosa com esta denominação, a segunda situa-se na ribeira de Pracana, mais perto da sua foz, na freguesia de S.Pedro Esteval , onde só já existe memória da nascente. (Ver Fadagosa de S. Pedro Esteval).

Abrantes / ?

Concelho/ Freguesia

Indicações

Calado 1995, Castro 1762, Henriques 1726

 

 

   
Identificação

Fonte de Água Férrea

SANTARÉM

Distrito

 

Nas margens da Ribeira de Coadouro

Mação

Concelho/ Freguesia

Historial

“…junto de um pequeno rio, a que chamam Coadouro, há uma fonte, cuja água passa por minas de ferro, e dela bebe aquele povo, É tão desbostruente , e diurética, que dizem que se assemelha  água de Aspar.

 

 

Bibliografia

Henriques 1726

 

Natureza

 
Identificação

Fonte da Pipa

SANTARÉM

Distrito

 

Marinhas de Sal.  No sopé da Serra dos Candeeiros, a 3km  de Rio Maior, junto da EN que liga esta Vila a (Alcobertas).

Rio Maior           

Concelho/ Freguesia

Indicações

Artropatias e manifestações linfáticas ( Contreiras, 1951)

 

 

Tratamentos

Actualmente não tem utilização baneoterapica estas águas, a sua exploração é industrial na extracção de Sal-gema.

Cloreto de sódio 213,34g. ; Cloreto de potássio 1,48g.; Cloreto de magnésio 0,49g.; Sulfato de Cálcio 4,37g. ; Vestígios de Brometos, carbonatos de cálcio e magnésio 0,38g. Mineralização total 220,06g. /litro. (Lepierre, 1936)

Natureza

Historial

Data de 1177 o documento mais antigo que se conhece, sobre a extracção de sal neste local, é um contrato de venda da quinta parte que Pedro Baragão e sua mulher detinham do poço e salinas, venda esta feita à ordem dos Templários. ( segundo Leal, 1876).

Em finais do séc. XVI eram propriedade dos Duques de Bragança e terá sido o primeiro rei desta dinastia, D.João IV, que as vendeu ao Conde de Vimioso, cujos herdeiros, por sua vez as venderam a diferentes proprietários.      

No Aquilégio (1726, 99) toma p nome de Fonte Salina, e tem a seguinte descrição: “ No lugar do Riomayor, termo da Vila de Santarém, distante do mar seis léguas, rebenta um olho de água salgada, de que se fabrica sal, muito mais activo que o das marinhas, de que ordinário se us; o que procede de passar esta água por minerais imperfeitos, e salinos, como pode ser o salitre, a pedra hume, e a caparrosa, que todos tem parte salida de grande agudeza. E se se averiguar de qual dos minerais era este sal, podia ter seus usos medicinais; e ainda nesta incerteza, nos parece , que esta água, e o sal que nela se fabrica, terão virtude para corroborar o estômago, e para vómitos, e diarreias procedidas de relaxação….”      

 Tavares, Dr. Francisco, descreveu-as em 1810: “ Ao lado setentrional do lugar de Rio Maior […] há uma pequena planície cercada pouco elevadas colinas [...] No meio desta há um poço empedrado de pedra ensosso, que tem a profundidade de cerca de 25 palmos abaixo da superfície do plano que o rodeia, o qual está todo dividido em pequenos tanques pertencentes a diversas proprietários [...]a Água que o poço contém é sumamente salgada, e dela se fabrica sal comum em grande abundância”  O autor refere ainda outra nascente da mesma natureza no “sítio chamado da Marinha Velha; porque segundo antiga tradição houvera ali um poço de cuja água também se fabricava muito sal …

Em 1940 foi formada a Comissão de Defesa e Propaganda das Marinhas de Sal Gema de Rio Maior, de onde surgiria em 1979 a actual cooperativa, que coordena, divulga e comercializa o sal produzido pelos vários sócios.   

 

 

Bibliografia

Acciaiuoli 1944, Brandt 1881, Calado 1995, Castro 1762, Contreiras 1937, Contreiras 1951, Félix 1877, Goucha 1994?, Henriques 1726, Leal 1875-80.

Lepierre 1936, Lopes1892, Sá 1946, Tavares 1810.

 

 

 
Identificação

Lugar de Anciães

SANTARÉM

Distrito

Historial

“…Contra as sanguessugas” é referenciada no Mapa do Padre Baptista de Castro”, 1762

Santarém /Alcanede

Concelho/ Freguesia

Bibliografia

Castro 1762.

 

 

 
Identificação

Fontes de Santarém citadas do Aquilégio (1726)

SANTARÉM

Distrito

Historial

 – Fonte Estêvão Vieira

 “Na Assacaia da Vila de Santarém, na horta de Estêvão Vieira há uma fonte de grande virtude para os achaques de pedra, porque quebra e desfaz, excluída pelas vias da urina, do que há inumeráveis experiências”  (Aquilégio, 1726,95)

- Fonte Petrificante

Na mesma vila de Santarém, há uma fonte a que chamam de Palhais, há uma bica de água salobra, que gera tanta pedra no seu aqueduto, que chega a impedir a sua corrente, do que se infere passar esta água por minerais de salitre. É certo que há aguas, que tem virtude particular para gerar pedras, a qual trazem das entranhas da terra por onde passam….”(Aquilégio, 1726,95). O autor divaga depois sobre esta qualidade, descrevendo uma nascente em França com as mesmas características.

Santarém

Concelho/ Freguesia

Bibliografia

Henriques 1726

 

 

 
Identificação

Fontes de Tomar citadas do Aquilégio (1726)

SANTARÉM

Distrito

Historial

Fonte de Valverde

Tomar / Paysdepele 

“No sítio de Valverde, termo da Vila Paysdepele, Comarca de Tomar,  há uma fonte, de cuja água , por tradição de tempo imemorial , se sabe que tem grande virtude para curar diarreias procedidas de humores quentes , e o Médico que de presente assiste naquela terra, a tem por eficaz para as obstruções nascidas de intemperanças quentes e secas. Entende-se que esta água passa por minerais de ouro, de que trará as virtudes, porque naquele sitio corre uma ribeira, que se forma das águas, que recebe do monte, de que a fonte se despenha, na qual ribeira achão os gandaceiros ouro, que com as águas da chuva se lhe comunica. É tradição de que os Mouros, senhoreando Portugal, tiravam ouro do alto daqueles montes , em várias partes … esta água é de sabor metálico, áspero, e  acerbo, mas segundo as experiências que se fizeram é mais leve que a água do Tejo, e na sua superfície se acham espumas amarelas ..”  (Aquilégio, 1726, 77)

Outra Fonte de Valverde

“ há uma outra fonte cuja água tem quase o mesmo sabor, e levidade… mas sem espuma amarela, é também excelente para diarreias “  (Aquilégio, 1726, 78). Esta curiosa toponímia, Paysdepele, será a actual freguesia de Paialvo?  

Tomar / Paialvo ?

 

Concelho/ Freguesia

Bibliografia

Henriques 1726

 

 

   
Identificação

Tancos

SANTARÉM

Distrito

Historial

Águas Férreas de Tancos, foram referenciadas na publicação anual de divulgação: Almanaque de 1794.

Vila Nova da Barquinha/ Tancos

Concelho/ Freguesia

Bibliografia

Almanaque de 1794.

 

 

 
Identificação

Outras nascentes do distrito de Santarém citadas do Aquilégio (1726)

SANTARÉM

Distrito

Historial

- Poço de Abrantes (Abrantes)/p.255

- Poço do Rendeiro (Alcanede/ Chão de Baixo)/p.256

- Fonte da Bica da Casa (Benavente)/p.179

- Fonte do Arco de Vilaverde (Ferreira do Zézere /Pias)/p. 83

- Fonte de Alqueidão de Vilaverde (Ferreira do Zézere /Pias)/p.83

- Poço de Jamprestes (Ferreira do Zêzere /Pias)/p. 257

- Poço Silveira (Ferreira do Zêzere/ Chãos)/p.258

- Fonte do Concelho (Samora Correia)/p.184

- Fonte dos Escudeiros (Samora Correia)/p.185

- Cisterna de S.Francisco (Santarém/Convento de S. Francisco)p.288

- Fonte Estival ou da Penha ou da Pena (Sardoal /S.Sebastião)/p.87  

- Fontes Febrifugas (Torres Novas/ na Ribª Bazelga e Zibreira)/p.169

- Fonte dos Caniços (Torres Novas)/p.169