Tipo de exploração:
Água para ingestão
Natureza da água:
---
Indicações:
Digestiva
[A fonte e o lavadouro]
Época termal
---
Estômago e fígado (Contreiras, 1951)
É leve e fresca (informante) e foi o que me pareceu ao paladar.
Tratamentos/ caracterização de utentes
---
Instalações/ património construído e ambiental
A água e represa num tanque junto da nascente (Almeida, 1988)
A água da nascente visitada vem de uma mina no monte de São Cosme, e rebenta em bom caudal numa bica, em forma de marco, com a data “1946”, caindo para um tanque lavadouro e seguindo para caleiras de rega.
Natureza
Bicarbonatada mista (Contreiras, 1951).
Hipossalina alcalino sódica cálcica (Almeida, 1978).
---
Na Corografia Portuguesa (1706) descreve-se a freguesia S. Cosme: “Há aqui ainda parte de uma torre, que dizem foi solar dos Barros. Quando falta água no céu, para que a terra produza, costumam os homens, & mulheres desta freguesia levar em Procissão S.Cosme a uma fonte de seu nome, em que o molham, & tem para si que logo os socorre, & alguns enfermos, que se vem lavar a esta fonte invocando o Santo, cobram saúde (229)
O mesmo rito é descrito no Aquilégio (1726): “ na qual os moradores costumam meter uma imagem deste Santo, quando há falta de chuva para as novidades, e têm para si que logo lhes socorre. Alguns enfermos que se lavam nesta fonte, evocando o santo, melhoram…”(163)
Acciaiuoli (1942, 226) menciona a Fonte de S.Cosme, na freguesia do mesmo nome, com a seguinte descrição: “Seguindo para Norte onde está a fonte do Padreiro, e a 4km pela estrada, fica a fonte de S.Cosme. A água sai duma pequena bica no granito encravado no talude do caminho, caindo numa pia que está manchada de branco e amarelo. Não encontrei referência desta nascente em nenhum dos livros já citados. A água é ligeiramente amarga, inodora; na região dizem que é boa para as doenças do estômago.”
Almeida (1988, 235) localiza a nascente a Poente da Capela de S. Cosme: “…por caminhos de pé posto, através da encosta de pinheiros e eucaliptos que desce às veigas, decorridos 7 minutos a pé encontramos a conhecida Fonte de S.Cosme onde outrora havia uma cruz de granito, hoje caída.” Descreve depois o rito da procissão, não mencionado nenhum rito com água praticado na imagem, mas só a presença do Santo junto da nascente. No que respeita à descrição patrimonial, sabemos que se aproveitava o seu bom caudal: “numa represa que serve para regas.” Esta mesma represa servia ao banho de S. João que “dá felicidade para o ano todo”.
Estes dois autores estão a falar de nascentes diferentes, mas a nascente visitada também não foi nenhuma das duas, possivelmente pertencente a um sistema de aproveitamento da nascente descrita por Almeida (1988).
---
---
Acciaiuoli 1942, Acciaiuoli 1944, Almeida 1988, Contreiras 1951, Costa1706, Henriques 1726.
Freguesia
S. Cosme
Povoação/Lugar
Torre
Localização
Para poente da capela de S. Cosme, numa encosta de pinhal e eucaliptal (Almeida, 1988). Numa bouça á direita da EN 202-2, Gondoriz – Sá, entre o monte da Srª do Pilar e o monte de São Cosme. Na curva antes do lugar da Torre.
Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio Lima
Zona geológica
Maciço Hespérico – Zona Centro Ibérica
Fundo geológico (factor geo.)
Rochas Magmáticas (ácidas e intermediárias), granitoides e afins.
Dureza águas subterrâneas
0 a 50 mg/l Ca CO3
Concessionária
---
Telefone
n.d.
Fax
n.d.
Morada
n.d.
E-mail / site
n.d.
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais