AVISO: A informação disponibilizada neste site tem como data de referência o ano 2002 e pode encontrar-se desactualizada.


[A  antiga oficina de engarrafamento]

 

Época termal
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Indicações

Aparelho digestivo / usada como água de mesa.

Tratamentos/ caracterização de utentes

Ingestão. Esta água foi comercializada até ao início da década de 1980.

 

Instalações/ património construído e ambiental

Existem quatro nascentes: Caldeirão 1 e 2, a Fonte e as Fontainhas. Na última fase de laboração só se trabalhava com uma nascente e com um furo artesiano, que era o principal fornecedor de água para a fábrica de engarrafamento. Este furo localiza-se por de trás da oficina e é protegido por uma construção sólida em cimento com 1,5x1,5 m.
A fábrica de engarrafamento é uma construção dos anos 1960, com uma área de cerca de 200 m2. A entrada dá directamente para o armazém, com um pequeno escritório de administração do lado esquerdo. Ao fundo deste armazém ficava o local de engarrafamento com três tanques e dois sistemas de canalizações (vermelha e branca) que se juntam na torneira comum de engarrafar, correspondendo a águas das duas nascentes diferentes.
Numa terceira sala ao lado direito encontra-se uma máquina mais recente para encher garrafões, uma outra para enrolhar e uma terceira para lavagem do vasilhame.
Todo o material está obsoleto e demonstra um processo de engarrafamento bastante artesanal e pouco higiénico para os padrões actuais, possível razão porque se encontra inactivo. Curiosamente toda a oficina ainda tem energia eléctrica, apesar de não funcionar há cerca de 20 anos.
A área de protecção abrange toda a colina por de trás da oficina, que formava um parque de lazer onde predominam os cedros e pinheiros, mas onde as acácias vão ocupando toda a superfície livre.

 

Natureza

Hipossalina cloretada sódica (Acciaiuoli)

Bicarbonatada e cloretada sódica (Calado 1995)

Alvará de concessão

1926 - 5 de Novembro, alvará de concessão
1935 - 22 de Agosto, alvará de transmissão a favor da Sociedade das Águas de Cambres, Lda., com área reservada de 117 hectares.
1941 – 19 de Agosto, alvará de transmissão a favor de Francisco Perfeito de Magalhães Menezes (a folha do IGM diz ser o primeiro alvará). Alvará actual de 1968, passado a D. Maria Helena Brazão Vilas Boas. Com actividade suspensa. É proprietário o Eng.º Carlos Santos.

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Historial

Há relatos da existência de uma albergaria medieval, construída junto da nascente. Aqui passava uma das vias utilizadas para romagem a Santiago de Compostela.
Andrade (1925) descreve a geologia do terreno: “A mancha cambriana que segue de Espanha por Balça d’Alva até um pouco a Oeste de Mesão Frio, cobre toda a região da Régua e também o local onde existem as nascentes”, e refere uma quinta nascente, “do Cedro Grande, mais perto da Casa da Corredoura e junto a um cedro grande, donde lhe provem o nome, aparece no contacto dos xistos cambrianos com as aplites”.
Acciaiuoli noticia no seu relatório anual de 1942 que “está nos tribunais pendente uma acção judicial”, e assinala em 1944 que “não se chegaram a executar as obras de captagem, tais como Freire de Andrade projectou, por várias vicissitudes passou esta concessão e, devido a elas, a sua exploração tem sido deficiente”.

Por morte da concessionária Helena Brazão Vilas Boas, herdou a concessão um seu sobrinho que por sua vez a vendeu ao engenheiro Carlos Santos, residente no Porto. Actualmente a propriedade encontra-se à venda.

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Alojamentos

Em Lamego, com todo tipo de alojamentos.

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Recortes

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Bibliografia

Acciaiuoli: 1925; 1936; 1937; 1940; 1941; 1942: 1944;1947; 1949-50. Andrade 1925, Forjaz 1929, Lepierre 1929, Águas minerais do continente e Ilha de S. Miguel 1940, Água de Cambres (?), Anuário Médico-hidrológico de Portugal 1963.

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Dados gerais

Distrito
Viseu

Concelho
Lamego

Freguesia
Cambres       

Povoação/Lugar
Na Quinta das Águas de Cambres, Largo do Paço dos Condes de Avelos, Rio Bom, Cambres. A entrada faz-se por um portão junto da capela. 

Localização
A fábrica de engarrafamento localiza-se na margem direita da Ribeira de Avões, e as nascentes na colina por detrás e ao longo do curso da ribeira.

Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio Douro      

Zona geológica
Maciço Hespérico – Zona Centro-Ibérica

Fundo geológico (factor geo.)
Na zona de junção rochas magmáticas (granitóides) com rochas metamórficas (xistos), zona de afloramentos xistosos.   

Dureza águas subterrâneas
0 a 50 mg/l de CaCO3

Concessionária

D. Maria Helena Brazão Vilas Boas

Telefone
n.d.

Fax
n.d.

Morada
Alto da Lixa - ap. 20 – 4615 Lixa

E-mail / site

n.d.

 

 

 


O armazém de garrafões




O furo de uma recente prospecção 




A oficina de lavagens