AVISO: A informação disponibilizada neste site tem como data de referência o ano 2002 e pode encontrar-se desactualizada.


[O balneário]

 

Época termal
15 de Fevereiro a 15 de Dezembro.

Indicações

Vias respiratórias, circulação, pele e reumatismo (Acciaiuoli 1947: 179)
Laringites, asma, bronquites, doenças do coração, pele e flebites (Contreiras 1951)
Pneumologia; otorrinolaringologia; doenças músculo-esqueléticas, osteoartroses, artropatias traumáticas e pós-operatório ortopédico (In Recortes 17/05/03)


Tratamentos/ caracterização de utentes

Director clínico: (Médico) Dr. António Pega
Todo o pessoal tem formação técnica, frequentam um curso de um ano dado pela empresa Sinágua. Fazem 7 meses de teoria e depois passam para um estágio sob a orientação de um técnico mais antigo.
Os técnicos de Balneoterapia rondam os 70, professores de ginástica uma dúzia deles, 12 médicos, 2 enfermeiros. Sou eu que presto assistência a tudo aqui dentro, alguém que se aleije ou que caia sou eu que trato… A formação é feita aqui, vêm técnicos da Sinágua para aqui. Não é só a parte profissional, é também aprender a ter relações públicas, as posturas a ter com os doentes. Porque melhorar as instalações e não ter pessoal competente não serve de nada. Além desse pessoal que disse há ainda os técnicos de manutenção, os técnicos informáticos.” (Enfermeiro Alfredo de Carvalho)
Tratamentos:
Pneumologia: nebulização (em câmaras colectivas), aerossóis e cinesiterapia respiratória.
ORL – inalações, vaporizações, pulverizações, duches filiformes, drenagem de Proetz e insuflação turbo-timpânica . Com sala especial para crianças.
Reumatologia: Balneoterapia – Banhos de imersão, hidromassagem, aerobanho. Duches de jacto ou leque, circular, Vichy, Aix, manupediduche e subaquático. Piscina de mobilização, mecanoterapia, musculação e massagem a seco. Electroterapia.
Existe ainda o programa Bem-Estar Termal com acesso a piscina, massagens e sauna.
Outro programa disponível é o de Estomatologia Termal.
Utentes:
“ Com capacidade para atender 1300 pessoas dia” (folheto de divulgação).
“A actual gestão está voltada para gente de classe média, média-alta e mesmo alta, já não há lugar para as classes menos favorecidas que recorriam anteriormente a estas águas ” (Sr. Gameiro).
 “É uma estância termal de sucesso. Está em terceiro lugar no ranking da procura em Portugal (5500 aquistas em 2002) e em segundo no volume de negócios, com mais 2.200.000 de serviços facturados no mesmo ano.” (JN - 19/5/03)
O número de aquistas ao longo dos últimos anos tem vindo a crescer, apesar dos preços praticados nestas termas serem próximos do dobro dos praticados nas Termas do Carvalhal, Aregos e mesmo nas vizinhas de Alcafache. A razão deste sucesso foi explicada pelo administrador termal, Almeida Dias:
O que se passa é que as Caldas da Felgueira tem vindo a captar grupos sócio-profissionais mais exigentes e com outras posses, pessoas que não se encontram no limiar da sobrevivência. Isto provocou o afastamento de muitas pessoas para termas mais populares, mas em contrapartida captou uma classe que não fazia termas, em que no seu projecto de férias não se incluía crenoterapia. Por outro lado, também estamos a captar pessoas que faziam termas no estrangeiro.
O caso da Felgueira é singular no mercado termal português, ou seja, as termas portuguesas de um modo geral, sobretudo depois dos anos 50, começaram a ser frequentadas por pessoas com mais de 55 anos. Representa 30 e tal por cento da frequência termal, e mais mulheres que homens. Também nós temos esse sector como o que representa a maior frequência, mas temos sectores jovens e adolescentes bastante fortes, ao contrário do que acontece em muitas outras estâncias termais. O que nos temos sentido nestes últimos anos é que o crescimento do sector infantil- adolescente-jovem, embora não tenha sido um recorde, está em subida, são entre 15 a 17% da nossa clientela.

Utentes/ano: 4300/1996; 4798/1997: 5008/1998; 5162/1999; 5597/2000; 5589/2001.

 

Instalações/ património construído e ambiental

Actualmente as águas são captadas por dois furos a 57 m e 252 m de profundidade. A idade da água do aquífero será de 13 mil anos.
A povoação das Caldas desenvolve-se em dois núcleos – o que fica em volta da velha estrada de acesso, com a capela do Bom Sucesso, fundada pelo padre José Inácio em 1818, e o que é constituído pelo balneário e Grande Hotel.
O núcleo original localiza-se no sopé de uma pequena colina, da margem esquerda da Ribeira de Pantanha. Junto desta margem um jardim, com tímido ar de parque termal, acompanha a rua principal onde se desenvolve a parte habitacional. Dominam as construções modestas do século XIX e princípio do século XX, quebradas na sua volumetria pela altura de um hotel de má construção dos anos 1990. Nesta zona destaque-se a já citada capela do Bom Sucesso e a fonte (desactivada) com a data de 1899 no frontão rematado por duas esferas simbolizando as freguesias de Canas de Senhorim e de Nelas, cuja divisão territorial passa por aqui.
O balneário foi na sua traça original desenhado pelo arquitecto Rodrigo Maria Berquó, por encomenda da Companhia de Águas da Felgueira, concluído em 1887. Com uma torre central de três pisos, construída em volta do poço de captagem, o piso térreo servia de vestíbulo e de sala de espera para gargarejos e duches para homem; no piso intermédio encontrava-se a sala de inalações, com gabinetes para senhoras e para homens e escritório do gerente; o piso superior era de serviços. Nos dois corpos laterais, originalmente só de piso térreo, encontravam-se o gabinete médico, as banheiras e duches divididos por cinco classes “Cada uma destas classes está instalada em compartimentos perfeitamente separados. Além daquelas classes, há ainda outra, e ainda tinas especiais para pobres, para doenças contagiosas." (Amaral 1896).
Sobre estes dois corpos laterais foi posteriormente acrescentado um piso superior. Nos anos 1930 foi construído junto deste um anexo do Grande Hotel, do lado leste do balneário, formando uma pequena avenida.
O actual balneário aproveita estas duas construções e foi totalmente reformado em 1996-98: “Os balneários nessa fase triplicaram a área útil, nessa zona do antigo anexo ficou a piscina e toda a balneoterapia. Assim em 1998 conseguimos em técnicas terapêuticas termais ter um balneário completo, exemplar mesmo nas coisas que não faz bem, sabemos por que não as fazemos bem e tentamos corrigir.” (entrevista com Almeida Dias)
 Ao fundo da citada pequena avenida encontra-se o Grande Hotel, inaugurado em 1890, “grandiosa e moderníssima construção instalada segundo todos aos preceitos da higiene e conforto” (Amaral 1896). Conservando a sua traça original, totalmente reformado no interior, é hoje uma unidade hoteleira de luxo.
Para norte deste edifício há uma construção discreta de apartamentos de aluguer, dependente do hotel. Para nascente e no declive que vai até ao Mondego está actualmente em construção um parque ajardinado com circuito de manutenção, obra da responsabilidade do Grande Hotel.
No extremo norte da povoação encontra-se a capela de N.S. de Fátima, obra dos anos 1940 sem características especiais. Seguindo a estrada em direcção a Oliveira do Hospital, que a 500 m passa o Mondego sobre uma monumental ponte construída entre 1894 e 1898, encontra-se à esquerda da estrada, a nível inferior, a nascente de águas frias (desactivada), protegida por uma curiosa construção “mourisca” ameada ao gosto de “fim de século”.

“A sociedade gestora, que tomou conta dos destinos dos equipamentos termais a partir de 1988, imprimiu uma verdadeira revolução nos serviços e nas instalações (balneários e hotel), constituindo uma das termas melhor apetrechadas do país ao nível de equipamentos de balneoterapia.” (Mangorrinha 2002: 193).

 

Natureza

Hipossalina, muito radioactiva pelo rádon (Acciaiuoli 1941: 201) (34º)
Sulfúrea sódica, radioactiva (Contreiras 1951)
Sulfúrea primitiva, com pH 8,4, bicarbonatada, sódica e fluoretada e mesotermal (35,8º C) (folheto de divulgação) 
   

 

Alvará de concessão

1882 - A CM de Nelas cede a exploração a José Maria Marques Caldeira, que organiza a Companhia das Águas de Felgueira.
1893 – É concedido o alvará à Companhia das Águas de Felgueira em 5/9
1938 - Área reservada de 60 hectares por portaria de 21/5.
1988 – A Empresa Beira Vouga adquire o complexo, mantendo-se a Companhia de Águas da Felgueira na parte termal.
1991 - A 18-09 o IGM celebra novo contracto com a Companhia das Águas Medicinais da Felgueira S.A. Nesta ocasião a Companhia de Seguros Império é accionista da Companhia das Águas Medicinais da Felgueira.
1999 - Grupo José de Mello-Saúde entra na posse da Companhia das Águas Medicinais da Felgueira por transacção com a Companhia de Seguros Império.

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Historial

Nos “Quesitos Paroquiais” de 1758 é referenciada uma “nascente quente e sulfúrica no limite do lugar de Vale de Madeiros”. Era então utilizada por pastores e caçadores para a cura dos seus animais. A primeira utilização terapêutica registada é a da cura de uma doença de pele do Pe. José Lourenço, em finais do século XVIII, com a água extraída de um poço. Este padre mandou construir uma casa junto deste poço já no início do século XIX.
Tavares (1810) refere-se a estas águas por intermédio de terceiros e acrescenta que “é de esperar que tenham todas as virtudes das águas sulfúreas e das salinas”. Seria ainda no decorrer deste ano que o padre José Inácio mandou construir um barracão para banhos e, posteriormente a capela do Bom Sucesso (1818) (cf. Acciaiuoli 1944, III: 118)
Posteriormente a Câmara Municipal de Nelas tomou conta destes banhos, que contavam com quatro tanques, para quatro pessoas cada, dos quais só dois serviam, por não haver água suficiente.
A exploração dos banhos era anualmente leiloada pela Câmara: “Havia um arrematante dos banhos, o qual dava à Câmara de Nelas, uma certa anuidade, recebendo por cada banho 5, 10 ou 20 réis. Para satisfazer a si e a todos os banhistas, nunca despejava completamente o tanque. Ao sair um grupo de banhistas, abria o tanque, entrava dentro do quarto, mexia a água com uma vassoura, tapava sem demora e estava, no seu entender, preparado um banho novo e limpo para outro grupo de banhistas.” (Acciaiuoli 1944, III: 118)
Este “banho velho” seria substituído por um outro que Azevedo (1867) descreveu: “Há um pequeno edifício para onde a água sulfurosa é conduzida por canais abertos e que tem uns pequenos quartos com banheiras”.
Em 1871, A Gazeta da Beira critica o estado de abandono da Felgueira, por parte da Câmara de Nelas (In Jornal de Farmácia e Ciências Acessórias de Lisboa, 1871).
Também Ortigão (1875) refere-se sumariamente a estas caldas, dizendo que é “um pequeno estabelecimento de banhos extremamente modestos […] e não oferece distracções
Em 1881 José Maria Marques Caldeira publicou uma memória apresentada à Câmara Municipal de Nelas, com o título: “Banhos da Felgueira – O que são e o que rendem actualmente e o que devem ser e render no futuro – Demonstração breve destes dois factos”.
Descreveu o estado geral da Felgueira e dos seus balneários “ Assim mesmo, nestas péssimas condições as duas banheiras funcionam de dia e de noite durante a maior parte das duas quadras em os banhos são concorridos (seis meses por ano)”. Apresentou depois as contas do rendimento, calculando a frequência média da Felgueira em 2800 pessoas que a procuravam para banhos e em 1200 que a procuravam para “uso interno” num total “4000 pessoas, pelo menos.”
Quanto ao cálculo do que poderia render, o autor partia do mesmo número de aquistas, acrescentando que aos valores totais do rendimento anual poderiam juntar-se os valores da comercialização de água engarrafada. “E quando porventura, pela análise chimica a que se deve proceder desde já, se reconheça que as águas frias da Felgueira, que tão prodigiosas são em doenças de estômago, podem ser exportadas em garrafas lacradas, e produzir longe da sua nascente os mesmos efeitos que produzem aos milhares de doentes que a bebem, neste caso os lucros de exploração de tais águas serão de muitos contos de reis.”
A construção de um balneário e de hotel foram justificadas na memória: quando tudo estivesse concluído “as águas da Felgueira serão as mais procuradas do país, porque não as há melhores em riqueza medicinal”. Para tal propunha a formação de uma companhia com “uma administração activa e económica, sem luxo nem aparatos”.
O documento acaba com o relato das várias propostas anteriores para relançar os Banhos da Felgueira, destacando a que Joaquim Pais da Cunha apresentou em 1879, não realizada pelas “divergências […] sobre a forma proposta para a sua execução.”
Um dos anexos a esta publicação é próprio contrato realizado entre a Câmara Municipal de Nelas e José Maria Marques Caldeira, com a data de 23 de Novembro de 1880.
Em 1884 as águas foram analisadas por Silva (1884), que descreve os velhos balneários: “Uma casa toscamente construída, que tem 13,5 m de comprimento e 5 de largura, com dois tanques […] No fundo do primeiro brota uma certa quantidade de água a temperatura é de 35,5ºC […] para o segundo tanque vai a água em excesso do primeiro […] nesta asa existem outros dois quartos com banheiras em lousa”.
Nesse mesmo ano, a recém-formada a Companhia de Águas da Felgueira iniciou os trabalhos de melhoramentos da captação de águas. A convite da companhia, o arquitecto Rodrigo Maria Berquó visitou os estabelecimentos termais dos Pirinéus, para estudar um projecto termal para a Felgueira (Relatório da Companhia referente a 1884, cit. Acciaiuoli 1944, III: 120).
Em 1887 o novo balneário encontrava-se concluído. Alfredo Lopes (1892) escreveu sobre ele: “Neste estabelecimento se encontram cuidadosamente instalados os mais completos aparelhos hidroterápicos, 50 tinas para banhos de imersão, duches e uma excelente sala de inalações e pulverizações
Iniciou-se então um novo período das caldas. Dois anos depois era inaugurado o Grande Hotel, dependente da Companhia do Grande Hotel das Caldas da Felgueira. Fazia-se assim uma distinção entre as funções hoteleira e termal que ainda hoje perdura.
No início do século XX foi considerado dos melhores estabelecimentos termais do país, e dos melhores apetrechados para o tratamento de doenças de vias respiratórias.
Em 1916 a empresa do Hotel das Caldas abriu falência “e é vendido em hasta pública. Há então um proprietário, António Marques, natural daqui Vale de Madeiros, que o compra, constituindo com esse património uma nova sociedade, em 1918, chamada Nova Companhia do Grande Hotel das Caldas da Felgueira SARL.
Este senhor, ao mesmo tempo que compra este património falido, compra o património não falido da Companhia das Águas. Torna-se então único proprietário das acções destas duas empresas. As acções destas companhias estavam ficticiamente distribuídas por empregados seus ou pessoas da sua confiança.
Este homem fez sucesso em Lisboa com a fundação da Pastelaria Suiça. O hotel torna-se uma referência a nível nacional de gastronomia e sobretudo de pastelaria, ele traz para aqui os melhores pasteleiros da Suiça. Vem a morrer por volta de 1960, herdando todo o seu património os sobrinhos.” (Entrevista com Almeida Dias)
Em 1940 inicia-se um estudo hidrogeológico pelo eng.º Carlos Freire de Andrade.
Em 1962 um incêndio destruiu o hotel (JN - 11/5/97).
“Mas voltando ao Hotel, dá-se o incêndio e os sobrinhos do António Marques desinteressam-se do hotel e vendem-no o Sr. Emílio Braga, o senhor das papelarias, que também era frequentador assíduo das termas. A ele devem muito estas termas, não porque tenha tido algum rasgo de génio, mas sobe reedificar o hotel sem modificar o exterior… Mas continuam sempre as duas empresas, a das Águas e do Hotel. O próprio Emílio Braga compra as duas empresas. Curiosamente é a partir de 1918 que há o mesmo corpo accionista para as duas empresas. Inicialmente eram pessoas diferentes para cada uma das empresas, embora tivesse havido sempre uma certa ligação. O director clínico, Dr. João Pais do Amaral, que foi o primeiro director clínico, era também o director do hotel. Havia aqui um pouco o que eu faço agora, ser administrador das duas sociedades, mas só a partir de 1918 é que existe essa simultaneidade de cargos. Depois do Emílio Braga os herdeiros vendem as duas sociedades ao Sr. João Oliveira, por volta de 1970, mantendo sempre estas duas sociedades como sociedades anónimas. Aliás são das primeiras sociedades anónimas que se fizeram em Portugal. Curiosamente com um corpo accionista diversificado ao início, depois com um corpo accionista fictício, para a partir dos anos 90 voltarem a terem um corpo accionista diversificado.” (Entrevista com Almeida Dias)
Em 1988 a empresa Beira Termas adquiriu o complexo termal, mantendo-se a Companhia de Águas Medicinais da Felgueira na exploração da parte termal, independente da parte hoteleira. Iniciou-se então um novo período para as termas, abriram-se furos de captagem, foram renovados os tratamentos e equipamentos, formou-se equipas de técnicos, curiosamente mais uma vez nas termas dos Pirinéus.
Em 18-09-1991 o IGM celebrou novo contracto com a Companhia das Águas Medicinais da Felgueira S.A.
Em 1994 foi o ano de todas as mudanças, tivemos a sorte de ter como accionista a Companhia de Seguros Império, que teve a coragem de assumir as mudanças. De facto de 1996 a 1998 foram anos de obras. O velho balneário Berquó foi esventrado, para criar um circuito lógico de circulação, embora não esteja ainda totalmente concluído, como por exemplo o hall de entrada, que não tem capacidade para a afluência de hoje. Conseguimos também que este corpo do edifício perpendicular ao balneário, que era na altura um anexo de quartos do hotel, fosse anexado ao balneário…”.
Isto vai parar ao Grupo José de Melo indirectamente. Quem participava com a Beira Vouga no capital das duas empresas era a companhia de Seguros Império, na altura ainda nacionalizada; quando se fez o grupo José de Melo, em 1997, no processo posterior à privatização, criou-se a holding Mello-Saúde, onde foram colocadas as participações financeiras que estavam na Império, o Hospital da CUF, a Clínica de Santa Maria de Belém, a Companhia das Águas da Felgueira e o hospital de Amadora-Sintra. Posteriormente há a transacção do Banco Mello e da Império para o grupo BCP, mas só a parte directamente ligada às finanças, as participações industriais e similares ficam do lado da José de Mello.

As nossas perspectivas são de em quatro anos chegarmos aos 7000 utilizadores, incentivando os programas de ‘bem-estar termal’, mas procurando também que estes utilizadores se espalhem ao longo do ano e não se concentrem nos meses de Verão. (Entrevista com Almeida Dias)

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Alojamentos

Grande Hotel das Caldas, Aparthotel Pantanha, Pensão Maial, Residencial Linda Vista, Pensão Moderna.

“O Grande Hotel é o elemento central de sociabilidade, apesar da existência, à sua volta, de outras unidades de alojamento de diferente capacidade e qualidade.” (Mangorrinha 2002: 191)

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Recortes

JN - 19/05/03 (Rui Bondoso) – Caldas da Felgueira são um paraíso beirão – Água de natureza sulfúrea é bálsamo para os corpos há mais de 12 mil anos – (destaque) Segredo está em aliar o útil ao agradável. No final do artigo, publicidade a Caldas da Felgueira
Expresso - Dossiers Especiais, nº 1594 de 17/05/03 – Termas de Portugal – Recriar o corpo e o espírito. Página 23: Caldas da Felgueira
JN - 23/10/00 (Fernando Seixas) Termas de Portugal – Nas Caldas da Felgueira até se ensina a respirar – Estância localizada na Freguesia de Canas de Senhorim procura responder às exigências duma clientela que não pára de crescer ( Destaque: Alguns preços)
Evasões - Agosto, 99, nº16 – Caldas da Felgueira – Saúde a jorros – Em pleno vale do Mondego, no concelho de Nelas, as Caldas da Felgueira proporcionam uma estadia saudável nos bons ares da serra da Estrela, do Buçaco e Caramulo.
JN- 11/5/97 (Manuel Neto) – Centro termal da Felgueira, bom lugar para qualquer idade – O complexo termal das Caldas da Felgueira reabriu as suas portas, completamente reestruturadas e remodelado, reunindo, agora, excelentes condições para acolher pessoas de qualquer idade. Sejam elas doentes que buscam cura para problemas da via respiratória ou reumáticas; sejam saudáveis que apenas pretendem usufruir dos prazeres que a região oferece a quem a visita. (Destaque: Juntar o útil ao agradável)

JN- 22/1/97 (?) - Termas das Caldas da Felgueira apostam na medicina preventiva – construção de um novo balneário visa o salto qualitativo na oferta aos utentes – Com mais de um século de actividade, as termas das Caldas da Felgueira preparam-se para dar um salto qualitativo na oferta. A aposta para a temporada termal que se avizinha centra-se no investimento em equipamentos de medicina preventiva, que vêm complementar as tradicionais terapias curativas tradicionalmente desenvolvidas na estância. A abertura da nova época é em Maio.

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Bibliografia

Acciaiuoli: 1936; 1937; 1940; 1941; 1942; 1944; 1947;1948a;  1948b; 1949-50; 1953. Almeida 1913, Almeida 1975, Amaral: 1887; 1889; 1891-93; 1896; 1905.   Ayuso 1946, Ayuso 1946, Azevedo 1867, Baptista 1874-79, Bastos 1936/7, Brandt 1881, Carvalho 1895, Chernovitz 1878, Contreiras 1937, Contreiras 1951, Correia 1922, Costa 1819, Félix 1877, Forjaz, 1948, Gonçalves 1933,Júnior 1895, Leal 1875-80, Lemos 1934, Lemos 1889, Lepierre 1930, Lopes 1922, Lopes 1892, Loureiro 1940, Lourenço 1867, Machado 1919, Machado 1920, Magalhães 1912, Mangorrinha 2002,  Melo 1923, Mira 1948, Morais 1943, Morais 1947, Narciso; 1920ª; 1920b; 1925; 1933; 1947. Ortigão 1875, Ribeiro 1933, Sarzedas 1907, Silva 1908, Silva 1892, Silveira 1940, Sousa 1896, Sousa 1893, Tavares 1895, Tavares 1810, Tavares 1926,Vale 1845. Águas e Termas Portuguesas 1918, Anuário Médico-hidrológico de Portugal ,1963, Le Portugal Hydrologique e climatique 1930-42, Águas minerais do continente e Ilha de S. Miguel 1940, Termas de Portugal 1947

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Dados gerais

Distrito
Viseu

Concelho
Nelas

Freguesia
No limite entre as freguesias de Canas de Senhorim e Nelas

Povoação/Lugar
Caldas da Felgueira 

Localização
Encontra-se a 200 m de altitude, num vale na margem direita do rio Mondego a sete quilómetros de Canas de Senhorim (Nelas), estação servida por camionagem em ligação com o caminho-de-ferro da linha da Beira Alta” (Contreiras 1951).A Ribeira de Pantanha desagua no Mondego a cerca de 500 m do local das caldas. A povoação desenvolve-se junto da margem esquerda da ribeira, que na zona do balneário e Grande Hotel tem o seu leito encanado por baixo destas construções. A ribeira serve de delimitação territorial às freguesias de Canas de Senhorim e de Nelas.

Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio: Mondego       

Zona geológica
Maciço Hespérico – Zona Centro Ibérica

Fundo geológico (factor geo.)
Rochas magmáticas, ácidas e intermédias (granitóides e afins)    

Dureza águas subterrâneas
0 e 50 mg/l de CaCO3

Concessionária

Companhia das Águas Medicinais da Felgueira, SA.

Telefone
232945000 /232949644

Fax
232945002

Morada
Balneário de Caldas da Felgueira – 3525-201 Canas de Senhorim

E-mail / site

caldasdafelgueira@
portugalmail.pt
http://caldasdafelgueira.no.sapo.pt

 

 

 


O balneário em 1906 (In Sarzedas, 1907)




A capela do Bom Sucesso




A capela de N. S. de Fátima




O antigo anexo do hotel transformado em balneário




O  Grande Hotel




A velha nascente de “Águas frias”, perto do Mondego