AVISO: A informação disponibilizada neste site tem como data de referência o ano 2002 e pode encontrar-se desactualizada.


[O Balneário]

 

Época termal
1 de Abril a 15 de Dezembro

Horário: 8-13h e 15-19h (época alta); 8-12.30h e 15-18h (época média); 9-12.30h e 15-17h (época baixa) aos Domingos e feriados só o horário matinal.

Indicações

Reumatismos, dermatoses tórpidas, afecções circulatórias (Contreiras, 1951)
Patologias do foro reumatológico, algumas patologias músculo-esqueléticas e artropatias resultantes de acidentes. Patologias das vias respiratórias superiores (folheto de divulgação)


Tratamentos/ caracterização de utentes

Director Clínico Dr.ª Cândida Monteiro
Balneoterapia: Banhos de imersão simples e aerobanhos, hidromassagem; duches subaquático, circulares, Vichy, de jacto, de leque ; piscina de mobilização; Estufas de vapor integral ou parcial
Tratamentos ORL: irrigações, pulverizações, nebulizações e areosois 
Ginásio e massagens.
Novos tratamentos: Phlebotone (para tonificar a circulação nas pernas); Cama termostatizada (reguladora do metabolismo); Estufa de coluna; Duche basculante
Técnicas complementares: Mecanoterapia individual e em grupo, electroterapia, termoterapia, laserterapia. 
Utentes: Em 2001 a frequência anual foi de 1573 aquista, o que representa uma queda 16,9% de inscrições, relativamente ao ano anterior, que tinha sido de 1893, crescimento este que se manifestava desde 1996. Em 2002 (Informação Dr. João Almeida Dias) a frequência foi de 1581 aquistas, o que representa uma pequena recuperação.
“O mês de Outubro é o mais procurado para 2ºs Tratamentos.

90% dos tratamentos são para patologias musculo esqueléticas, os tratamentos ORL representam 10%  ” (Funcionária da Recepção)

 

Instalações/ património construído e ambiental

As captações foram, até 1999, feitas por dois furos artesianos com a profundidade de 54m e 80m. A partir desse ano entrou em funcionamento um terceiro furo, com a profundidade de 100m, que é actualmente o principal fornecedor de água mineral.
O actual balneário foi iniciada a sua construção em 1988, pela Câmara Municipal de Tondela que por concurso público cedeu a sua exploração à empresa Beira Termas em 1993.

O Balneário é uma construção ao gosto da arquitectura pública, tipo Centro de Saúde da década de 80, encontra-se na margem direita do Dão. As margens do rio formam aqui uma larga praia fluvial, na outra margem encontra-se a povoação das Caldas, onde se concentram os alojamentos e restaurantes, concentrados em duas ruas paralelas ao Dão.

 

Natureza

Sulfúrea sódica muito radioactiva (Contreiras, 1951)

Sulfúrea primitiva, bicarbonatada sódica, fluoretada, PH 8,4 (49º) (folheto de divulgação)

Alvará de concessão

1894 – Diário do Governo, nº 173, de 3 de Agosto, Alvará de concessão. 
1926 – Decreto de 23 de Janeiro, declarando abandonada a nascente das Caldas de S.Gemil
1939 – Diário do Governo, nº290, I S., de 14 de Dezembro, Transmissão das Caldas de S.Gemil a favor de Fernando Figueiredo.
1946 – Diário do Governo, nº169, III S., de 23 de Junho, Transmissão das Caldas de S.Gemil.
1995- Contracto em vigor com a data 07-02-1995

Área concessionada 50hectares.

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Historial

No Aquilégio (1726), foram denominadas de “Caldas da Lagiosa”: “…corre a água na areia e os doentes abrem cova nela ou levam a água para casa, para um lugar vizinho, chamado S.Gemil
No final do séc. XVIIII a situação não se tinha alterado, Frei Cristovão dos Reis, em 1779, descreve-as: “… não há tanques nem habitações, e a água sae num areal do Rio Dão, onde, para se tomar os banhos, se fazem covas cobertas com roupa ou ramadas.
Tavares (1810) escreveu: “ águas termais diáfanas e puras como as mais puras de fonte em quanto à vista. Junto da sua origem sente-se um cheiro de fígado de enxofre, que motiva uma passageira ebriedade, e o calor, assim do areal do rio, como dos penedos no meio dele e das suas margens, e mesmo na terra do monte vizinho da banda N., até à altura de dez a doze palmos, se encontra quase sempre notável” .
António da Fonseca Benevides compara as águas do Gerez às de Sangemil. São ainda mencionadas por Vele (1845), Leal (1873), Almeida (1866), Baptista (1875) e Félix (1877), que nos conta que são muitas as nascentes, sendo três as principais. Lopes (1892) escreve das nascentes que brotam no areal do rio Dão “…cujas águas correm para um grande poço não resguardado, de onde livremente se podem tirar. Não são aproveitadas em estabelecimento balnear, mas em todas as casas particulares destinadas aos numerosos doentes que, as estas termas concorrem há banheiras e tinas, que são cheias com água trazida, em cântaros, por mulheres.
Silva (1894) escreveu “Ignora-se em que época começou a fazer-se uso terapêutico destas águas e nem mesmo há quem se lembre do tempo em que foi construído o tosco tanque de pedra que lá existe ainda…o tanque de que falei, que está completamente abandonado hoje. A água para usos médicos continua, porém, a ser apanhada em um poço, todos os anos, aberto na areia, entre os tanques e a corrente do rio, porque todos os Invernos é areado pelas enchentes do Dão, que lhe passa mesmo encostado
Em 1894 no relatório de Reconhecimento o Eng. Freire de Andrade descreve um hotel com “vinte aposentos… sendo muitas as casas particulares” sobre a geologia do terreno acrescenta “ é formado de um granito grosseiro, de grossos elementos, e cujo feldspato apresenta sempre uma cor muito clara. Este granito acha-se recortado por filões de granulite, e ainda da de quartzo, mas todas em número limitado.”    
No início da década de “40” a situação era idêntica, segundo Acciaiuoli (1944), que acrescenta “Ao ser concedido novo Alvará foram impostas obrigações. A morte súbita, por desastre, do concessionário, veio adiar a execução das obras projectadas.”. O concessionário falecido era o médico Fernando Figueiredo, que 1929 tinha obtido o Alvará de exploração, que o obrigava, numa primeira fase, a elaborar a planta topográfica e hidro-geológica da região e o projecto de captagem das nascentes. Procedendo posteriormente à construção do estabelecimento termal.

Por Alvará de transmissão de 27 de Junho de 1946 o concessionário passou a ser a empresa Águas de S.Gemil, Lda. Mas também esta empresa não conseguiu realizar o velho projecto do estabelecimento termal, seria concretizado a partir de 1992, sendo então concessionária a Câmara Municipal  de Tondela que o mandou construir, e que por concurso público entregou a sua exploração à empresa Beira Termas em 1993.

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Alojamentos

Residencial Beira Dão, Pensão das Termas, Pensão Carvalho e quartos em casas particulares

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Recortes

JN- 16/10/00 (Fernando Seixas) Termas de Portugal – Em pleno leito do Dão vai Sangemil beber saúde – são uma novidade no país alguns Tratamentos ministrados pela estância localizada em Lajeosa, no município de Tondela. (Destaques: Preçário Termal)

        

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Bibliografia

Acciaiuoli: 1936; 1937; 1940; 1941; 1942; 1944; 1947;1948a;  1948b; 1949-50; 1953. Andrade 1894, Baptista 1933, Bastos 1936/7, Benevides 1807-08, Castro 1745, Chernovitz 1878,Contreiras 1937, Contreiras 1951, Correia 1922, Costa 1819, Félix 1877, Figueiredo 1950, Henriques 1725, Leal, Pinho 1875-80, Lopes 1892, Morais 1943, Morais 1947, Narciso 1920, Narciso 1920b, Narciso 1925, Narciso 1947, Reis 1779, Silva 1895, Silva 1908, Tavares 1810, Trigoso 1817, Vale 1845, Le Portugal Hydrologique e climatique 1930-42, Águas e Termas portuguesas 1918.

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Dados gerais

Distrito
Viseu

Concelho
Tondela

Freguesia
Lageosa       

Povoação/Lugar
Caldas de Sangemil 

Localização
A povoação das Caldas localiza-se nas duas margens do Rio Dão  

Província hidromineral
B  / Bacia hidrográfica do Rio: Mondego        

Zona geológica
Maciço Hespérico – Zona Centro Ibérica

Fundo geológico (factor geo.)
Rochas Magmáticas (ácidas e intermédias – Granitóides)   

Dureza águas subterrâneas
0a 50 mg/l CaCO3

Concessionária

Câmara Municipal de Tondela  que por sua vez passou a gestão a Beira Termas – Gestão e Equipamentos termais S.A.

Telefone
232672460

Fax
232672445

Morada
Balneário das Caldas de Sangemil, Lageosa do Dão 3460-160 Tondela

E-mail / site

n.d.

 

 


A captação da praia
S. Gemil na década de 1930 



S. Gemil na década de 1930