Tipo de exploração:
Água para ingestão
Natureza da água:
Alcalina sódica
Indicações:
Digestiva
[O Santuário de N. Sr.ª da Ribeira]
Época termal
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Água diurética, importante na cura da gravelle e calculose renal, comparada à água de Seixoso. (Almeida, 1962)Mas o seu uso pareceu-me bastante limitado ao dia da Festa do vizinho santuário de N.S. de Fátima a 13 de Maio
Tratamentos/ caracterização de utentes
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Instalações/ património construído e ambiental
Num bosque de velhos carvalhos, pinheiros e cedros encontra-se o escondido Santuário da Sr.ª da Ribeira, com os seus bancos e mesas em pedras para merendas. O ambiente é tranquilo e bucólico, não fosse o ruído constante do tráfego do IP, que dista menos de 50m do local. As nascentes da mina e da poça encontram-se abaixo do velho parque das merendas, a primeira sobre o lado direito em bom estado de conservação, a segunda sobre o lado esquerdo entre mato e silvado.
A cerca de 150m numa colina de largos horizontes foi construído em 1928 uma pequena capela a N. S. de Fátima, posteriormente uma escadaria e um pequeno troço de calçada ligou este modesto santuário ao discreto e escondido santuário da Sr.ª da Ribeira. Com o passar dos tempos o culto à Sr.ª da Ribeira deixo de ter a notoriedade de outros tempos e a sua festa ficou inevitavelmente ligada ao da Sr.ª de Fátima, com a sua festa a 13 de Maio.
Natureza
Alcalina sódica, hipossalina, hipotermal (tem das mais baixas hipossalinidade das águas portuguesas – com um ph de 4,94, sendo esta acidez dada pelo anidrido carbónico) . foram analisadas por Herculano de Carvalho (anos 50) (Almeida, 1962).
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São referenciadas por Pinho Leal (Portugal Antigo e Moderno), que diz serem utilizadas há mais de 300 anos pelos religiosos, proprietários das terras em volta da ermida, vizinha da nascente. (Almeida, 1962)
A história que está na origem da utilização desta água tem o seu início num culto a N. Senhora e foi contada por Leal (1875-80), conta que um homem moço, de nome Henrique natural da Freguesia de Farminhão, ao regressar da Índia no ano de 1600 foi afrontado por um terrível temporal, prometeu então que mandaria erguer um templo a nossa Senhora caso voltasse são a terra. Assim aconteceu e Henrique escolheu um local em sítio profundo sem horizontes para cumprir a sua promessa, dando à ermida a forma de um navio “ de muita perfeição arquitectónica e com uma grande capela mor adornada com primorosos quadros pintados pelo famoso Grão Vasco que vivia por esse tempo” (Grão Vasco faleceu em 1540). Perto da capela mandou o benemérito construir a casa do ermitão, com horta regada por uma fonte de boa cantaria, a que o povo veio a atribuir qualidades medicinais.
Em 1960 foi tentada a sua exploração mas o projecto não foi avante (Almeida, 1975)
O culto a N. Senhora Ribeira terá permanecido até à década de 70-80, com a renovação da vizinha capela de N.S. de Fátima e com proximidade do IP, os fieis prefiram festejar a festa a 13 de Maio na pequena capela de horizontes mais largos, sendo a Sr.ª da Ribeira ponto de passeio onde os devotos procuram também a água a que atribuem qualidades digestivas e diuréticas.
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Almeida 1962, Almeida 1975, Leal 1875-80.
Freguesia
Torredeita
Povoação/Lugar
Santuário de N.Sr.ª da Ribeira
Localização
1º Trajecto - Em Torredeita na rua de S.Pedro ( junto do Parque infantil) tomar a primeira à direita (estrada em macadame) passado o campo de jogos continuar sempre pelo estradão principal até um caminho à esquerda, imediatamente antes da passagem área sobre o IP5. A 20m deste caminho tomar uma cortada à esquerda, a 50 m a capela da Sr.ª da Ribeira. Num total de 2km. 2º Trajecto – Em Routar tomar a estrada em direcção ao IP5, antes da passagem inferior sobre esta estrada, tomar um caminho em terra à direita (o de alcatrão leva ao posto de abastecimento do IP), seguir por esse caminho paralelo ao IP até ao carreiro imediatamente antes da passagem área sobre o IP.
Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio: Mondego
Zona geológica
Maciço Hespérico – Zona Centro Ibérica
Fundo geológico (factor geo.)
Rochas magmáticas, ácidas e intermédias (granitóides e afins)
Dureza águas subterrâneas
0 a 50 mg/l CaCO3
Concessionária
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Telefone
n.d.
Fax
n.d.
Morada
n.d.
E-mail / site
n.d.
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais