Tipo de exploração:
Água para ingestão (sem uso)
Natureza da água:
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Indicações:
digestiva
[A carranca do Chafariz de São Bentinho]
Época termal
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“Muita gente com a sua crença vai buscar água à fonte de S. Bentinho” (Almeida 1988: 231). Actualmente esta utilização sacra já não acontece.
Tratamentos/ caracterização de utentes
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Instalações/ património construído e ambiental
Chafariz monumental do período barroco. Com o seu frontão lavrado em boa cantaria, com motivos decorativos em volta da carranca, coroado por outro lavrado trabalho em cantaria onde se abre o nicho do santo e ladeado por dois fogaréus. A antiga imagem do santo foi substituída por um bom e moderno trabalho em cerâmica, resultado de uma exposição que decorreu no Museu do Convento de Tibães.
O chafariz faz parte do antigo sistema hidráulico da antiga cerca do convento. A água, captada em mina, além de alimentar este chafariz, servia os diversos tanques de rega, ligados por um sistema de levadas e aquedutos. Actualmente a corrente é diminuta, sendo a maioria da água desviada para o lago, para servir de rega no Verão, neste Inverno que foi seco (informação de funcionário do museu).
Natureza
"Hipossalina rica em cloretado e em magnésio, a análise é a favor da sua pureza." (Almeida 1988)
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O convento foi fundado no século VI, mas dessa época sueva não nos chegaram testemunhos construídos. Em 1110 recebeu carta de Couto passada pelos condes D. Henrique e D. Teresa, e em 1567 tornou-se Casa Mãe da Congregação de S. Bento. Na primeira metade do século XVII iniciaram-se as obras de construção de um novo convento, sendo a igreja concluída em 1661 e as dependências conventuais em 1700. Com a secularização dos bens da igreja (1834), o convento e todas as suas dependências, inclusive a propriedade de 40 hectares, foram vendidos em hasta pública. Comprado pelo Estado em 1986, iniciou-se um longo processo de restauro e recuperação de todo o convento, formando-se uma unidade museológica dependente do IPPAR.
Também a nascente deverá ter sofrido as vicissitudes do convento. A velha emergência no alto da sua cerca foi com certeza minada pelos monges suevos, transformada em sistema hidráulico da propriedade ao longo dos tempos e reformada no início do século XVIII, conservando desse período todo um sistema de levadas e aquedutos.
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Almeida 1988
Freguesia
Tibães
Povoação/Lugar
Tibães
Localização
Nas traseiras do Convento de Tibães, dentro da cerca.
Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio Cávado
Zona geológica
Maciço Hespérico – Zona Centro-Ibérica
Fundo geológico (factor geo.)
Rochas magmáticas (ácidas e intermediárias), granitóides e afins
Dureza águas subterrâneas
0 a 50 mg/l CaCO3
Concessionária
Usada apenas para rega.
Telefone
n.d.
Fax
n.d.
Morada
n.d.
E-mail / site
n.d.
Chafariz de São Bentinho
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais